Seguindo a habitual fórmula de Hollywood, se um filme tem sucesso... nada como repetir a dose. E portanto, depois de Taken, temos Taken 2. Liam Neeson está de regresso ao papel de operativo com que nenhum terrorista se deverá querer meter, e vai ter que enfrentar a vingança desejada pelos familiares dos malfeitores que eliminou no primeiro filme.
Se no primeiro filme a filha estava no papel de vítima, agora as coisas ficam ligeiramente invertidas, pois cabe-lhe a ela auxiliar o salvamento do seu pai e da sua mãe.
Infelizmente, a coisa acabar por ficar demasiado "destrambelhada", com inúmeras situações ridículas e altamente improváveis - como a cena da perseguição, onde uma recém-encartada norte-americana parece não ter qualquer problema a conduzir carros com embraiagem, e com um pai que mais parece ser um "sampler" a repetir as mesmas palavras uma e outra vez; e culminando num final que... falha em dar a sensação de "missão cumprida" a quem vir o filme.
Foi pena... esta saga bem que poderia ter encarreirado por um caminho mais interessante, e tornar-se em algo a seguir com atenção. Assim, parece estar já destinada a seguir a rota daqueles filmes que degeneram em filmes direct-to-video com actores low-cost para "encher-couriços".
Até que ponto é que muitos dos filmes icónicos que vemos hoje em dia são verdadeiramente originais? Será possível que êxitos como Star Wars apenas tenham sido possíveis graças a westerns e filmes japoneses que os antecederam? É isso que aborda este Everything is a Remix, que é de visionamento obrigatório (para quem ainda não o tiver feito).
Estamos a pouco mais de um dia do final de 2012, altura ideal para revisitarmos os filmes mais marcantes do ano. E para isso nada melhor que uma compilação que junta 310 filmes em pouco mais de 7 minutos, e com uma edição/montagem particularmente feliz (só de imaginar o trabalho que deu... ufa!).
Iria desafiar-vos a tentarem identificar todos os filmes que vão ver já de seguida... mas... não vou ser assim tão mauzinho. Ou, pelo menos, podem tentar mais ficam desde já com a lista da "solução" que indica todos os filmes que ali estão imortalizados. (Eu confesso... apanhei praí metade deles, e já me dei por satisfeito! :)
Christopher McQuarrie volta a juntar-se a Tom Cruise (depois de Valkyrie), desta vez sentando-se na cadeira de realizador neste Jack Reacher.
Jack Reacher é (mais) um personagem que transita dos livros para o cinema. Criado pelo escritor britânico Jim Grant e contando com mais de 15 livros deste personagem editados deste 1997, Jack Reacher é um metódico e experiente detective militar: uma espécie de cruzamento entre Sherlock Holmes e Chuck Norris.
Indiferente às críticas dos que dizem que a adaptação para o cinema "destruiu" por completo a essência do Jack Reacher dos livros, o que é certo é que a coisa até acaba por funcionar bem... tirando um ou outro momento em que os diálogos mais parecem ter sido escritos por alguém que terá andado a fumar algumas coisas estranhas.
No filme, cinco pessoas sem nada em comum são assassinadas por um sniper, que quando é capturado deixa apenas uma mensagem críptica: chamem o Jack Reacher. Reacher já o tinha tentado trazer à justiça num caso anterior... mas desta vez irá funcionar como "justiceiro" que vai descobrir que a verdade afinal... era diferente do que se esperava.
Muitas e boas cenas de acção que até nos fazem prender a respiração (faz prever que o realizador possa estar bem encaminhado para o Mission Impossible 5 em 2015), novamente tirando apenas algumas excepções - como é o caso da luta com o vilão final, onde dados 2 ou 3 murros, já ambos os intervenientes estão de rastos e esgotados (poderão querer ser realistas, mas... é um filme, há que saber onde será preciso esticar um pouco as coisas).
Por último, é um filme que chega também em boa altura, pois parece-me que tem havido falta de filmes onde temos um herói que enfrenta todo o tipo de situações sempre com calculismo e serenidade, como se estivesse sempre no controlo da situação. Por momentos até me fez lembrar o personagem do Patrick Swayze no clássico Road House. :)
Depois de muitos outros artistas, é agora a vez do veterano Bill Plympton também recorrer ao Kickstarter para tentar arranjar forma de financiamento para o seu novo projecto: Cheatin'.
Sendo um animador que se tem mantido independente dos grandes estúdios (recusou o convite milionário feito pela Walt Disney para animar o filme Aladino, porque não concordou que as ideias e desenvolvimentos que fossem feitos por ele ficassem sob controlo deles), todo e cada frame do filme é desenhado por ele próprio... e tendo apenas uma pequena equipa, é o tipo de projecto que não é fácil de concretizar/sustentar.
Vamos lá ver se os fãs do cinema de animação provam que é possível a um animador independente com o gabarito de Bill Plympton sobreviver apenas à custa dos seus apoiantes.
Cheatin' será a sétima longa metragem animada de Bill Plympton, e... promete ser uma das melhores da sua carreira.
Jack Reacher
Realizador: Christopher McQuarrie
Actores: Alexander Rhodes, Richard Jenkins, Robert Duvall, Rosamund Pike, Tom Cruise, Werner Herzog
The Paperboy - Um rapaz do sul
Realizador: Lee Daniels
Actores: David Oyelowo, John Cusack, Macy Gray, Matthew McConaughey, Ned Bellamy, Nicole Kidman, Zac Efron
Your Sister's Sister - Entre Irmãs
Realizador: Lynn Shelton
Actores: Emily Blunt, Kate Bayley, Mark Duplass, Mel Eslyn, Mike Birbiglia, Rosemarie DeWitt
Tchiii... mas que salgalhada é este House at the End of the Street. A ideia até é engraçada, de uma mãe e filha que se mudam para uma nova casa, que fica precisamente ao lado de uma casa onde uma filha assassinou os seus pais, e onde agora mora apenas o irmão sobrevivente, marginalizado pela população local.
E, dessa premissa inicial (que é propriamente original), lá começam as coisas a acontecer, começando a surgir as dúvidas sobre se o jovem marginalizado será realmente um incompreendido... ou se esconderá algum segredo tenebroso.
Claro que tem que haver segredos... mas a verdade é que passados os 15 ou 20 minutos iniciais, acho que já ninguém está interessado neles. É que o ambiente falha por não nos arrastar para o seu interior, as "pseudo-surpresas" surgem de forma a que não surpreendem ninguém, e os sustos prometidos são feitos apenas à custa das técnicas de montagem e som, e não propriamente devido a qualquer clima assustador.
Mesmo o pseudo-twist não convence, e aqui estamos perante um caso ainda mais desesperado onde nos é atirado um novo pseudo-twist final, completamente desnecessário... e que mais parece uma tentativa de "subornar" os espectadores... dizendo, "peguem lá mais esta antes de se irem embora: dois twists pelo preço de um".
... Agora vou ter que ver um filme de terror/sustos a sério, para recuperar deste filme...
Não é segredo que os portugueses se espalharam pelo mundo, e que hoje isso ainda se faz notar. No que toca a Hollywood, temos alguns casos que todos conhecerão: da histórica Carmen Miranda que dominou os ecrãs nas décadas de 40 e 50 ao mais actual e bem conhecido Joaquim de Almeida.
Mas, o que provavelmente não saberão é que temos alguns nomes que dificilmente poderiam imaginar estar relacionados com o nosso país à beira mar plantado, e que servirão como um excelente ponto de partida para "quiz shows" cinéfilos.
Por exemplo... e se vos dissesse que James Franco tinha um avô português, e que a mãe de Tom Hanks também é de descendência Portuguesa?
Mas a lista não se fica por aqui, e há muito mais nomes que tocam - de forma mais ou menos directa - com Portugal: como Piper Perabo (pai Português); Keanu Reeves (que ainda leva uns "pozinhos" nacionais na sua mistura de etnicidades inglesa, chinesa, irlandesa e havainas); Daniela Ruah; Louis Ferreira (o nosso conhecido coronel do Stargate Universe); e muitos mais.
Desculpem-me o momento de nostalgia mas... como se pode explicar a estas gerações mais recentes o que é ter um Verão como o de 1982, em que estrearam filmes como Blade Runner, Poltergeist, ET, The Thing, Wrath of Kahn, e Tron?
Só mesmo para quem lá esteve! :)
... Isto é... naquela altura as estreias por cá eram bem mais atrasadas, e filmes como E.T. e Tron só chegaram cá em Dezembro, e Blade Runner só no ano seguinte... mas o que conta é a intenção, certo? :)
Hoje trago-vos mais uma curta que vai buscar a inspiração aso videojogos: neste caso o Ghost Recon Alpha, que nos fala sobre as capacidades das tropas num futuro que não deverá estar assim tão distante.
Como sempre, aquilo que se esconde por trás das imagens que vemos, muitas vezes acaba por ser mais interessante do que o resultado final. De seguida podemos ver como a magia dos efeitos digitais permite dar forma às cenas e imagens que o realizador e produtores querem ver no seu filme... e que se aplica em coisas que muitas vezes nem nos passaria pela cabeça: como por exemplo, manter os olhos abertos de um actor enquanto dispara a sua arma. :)
E, como não podia deixar de ser, também o making of:
Os fãs da saga Mass Effect quem tem cativado milhões de jogadores por todo o mundo (sendo uma das sagas que bem merecia um filme - ou trilogia - de grande produção "à Hollywood") vai chegar às nossas televisões, em versão de animação, neste Mass Effect: Paragon Lost.
Com um estilo bastante oriental (a que não será estranho o facto de estar a ser feito pelo estúdio que nos trouxe filmes como Ghost in the Shell), vamos acompanhar um jovem capitão - não o famoso Shepard dos jogos - nas aventuras com a sua equipa.
Pessoalmente penso que teria sido mais apropriado terem usado uma animação 100% CGI, mais ao estilo do jogo - mas, sendo no universo de Mass Effect, e vindo de um estúdio de renome... não reclamo!
É bem conhecido o interesse que Oliver Stone tem sobre os acontecimentos históricos (já nos tendo trazido filmes como Platoon, JFK, W., World Trade Center, etc.) e agora, novamente se debruça sobre o revisitar da história nesta sua série documental The Untold History of the United States.
Uma visão bastante interessante e que se centra em aspectos que provavelmente serão desconhecidos da maior parte dos norte-americanos (nalgumas coisas, por cá estaremos melhores informados, noutras também teremos muito a aprender... ou pelo menos, a questionar.)
Tendo visto o primeiro episódio, que aborda o início e decorrer a 2ª Guerra Mundial, e que nos relembra a inacção com que os "aliados" reagiram - ou melhor dizendo, não reagiram - aos primeiros avanços de Hitler - e também o impriscindível contributo que os soviéticos tiveram para o desfecho da guerra (eles sim, os verdadeiros responsáveis pelo virar da guerrra, e não a entrada em cena dos EUA) não deixa de ser curioso encontrar inúmeras semelhanças com os dias de hoje: em que continuamos a ter os governantes europeus a demorar anos e anos para tomarem decisões que efectivamente combatam a crise. (Estou mesmo a imaginar que daqui por umas décadas, um qualquer outro realizado esteja a fazer um documentário sobre esta época, e refira precisamente a morosidade e alheamento da realidade que os políticos parecem continuar a ter, século após século).
Como disse, o importante nem será concordar ou discordar com a visão histórica que Oliver Stone nos apresenta - mas tão somente, pensar, questionar, e tentar descobrir um pouco mais sobre muitas das coisas "que nos são ditas", e que muitos poderão aceitar como sendo verdades absolutas.
Life of Pi - A Vida de Pi
Realizador: Ang Lee
Actores: Gérard Depardieu, Irrfan Khan, Tabu, Tobey Maguire
On the Road - Pela Estrada Fora
Realizador: Walter Salles
Argumento: Jose Rivera, Jack Kerouac
Actores: Alice Braga, Garrett Hedlund, Kirsten Dunst, Kristen Stewart, Sam Riley, Steve Buscemi, Tom Sturridge, Viggo Mortensen
Holy Motors
Realizador: Leos Carax
Actores: Denis Lavant, Edith Scob, Eva Mendes, Geoffrey Carey, Kylie Minogue, Michel Piccoli
Hotel Transylvania
Realizador: Genndy Tartakovsky
Vozes: Adam Sandler, Andy Samberg, David Spade, Kevin James, Molly Shannon, Selena Gomez, Steve Buscemi
Alguns ainda se lembrarão certamente das outras aventuras de Alex Cross (Along Came a Spider em 2001 e Kiss the Girls em 1997, ambos interpretados excelentemente por Morgan Freeman), mas desta vez estamos perante um filme que tenta centrar-se ainda mais sobre este personagem: Alex Cross.
Realizado por Rob Choen (Fast and Furious, Stealth, XXX, etc.) este filme substitui o veterano Morgan Freeman por um mais jovem e fisicamente capaz Tyler Perry - mas a quem falta o carisma de um actor como Freeman.
Aliás, nem mesmo a fazer de detective com o seu parceiro (Edward Burns) a quimica funciona muito bem... o que é pena. Desta vez, terá pela frente um eficaz assassino profisional que se diverte a torturar as suas vítimas, e que em breve irá começar a centrar a sua atenção sobre si próprio.
A interpretar o assassino temos o bem conhecido Matthew Fox (Lost), num papel que "quase funcionaria" mas parece estar um bocadinho "over the top"; e para rematar, também encontramos por aqui um Jean Reno um pouco inchado e plastificado, longe dos seus melhores dias.
Enfim, todo o filme mais se parece com um qualquer episódio de uma série de TV, ou telefilme com qualidade de produção variada. A história até poderia ser interessante (embora completamente previsível e sem nada de novo a acrescentar)... mas assim sendo, o tempo melhor seria gasto a espreitarem um dos dois outros filmes com um Alex Cross mais maduro e mais interessante.
Se tens entre 10 e 14 anos e já te queres preparar para vir a ser uma grande estrela de Hollywood (à moda do Porto) poderás não querer perder a incrível oportunidade que te aguarda. A Lightbox está à procura de jovens actores que possam interpretar o papel do quarteto principal do Balas e Bolinhos (Rato, Tone, Culatra, Bino) no espectáculo "Mesmo à Frente do Teu Focinho" que irá ter lugar nos Coliseus de Porto e Lisboa em Março.
Se estás interessado, envia as fotos (rosto e corpo inteiro), vídeo a interpretares um dos personagens, e dados de contacto para produçãolightbo e os restantes dados que são pedidos, para producao@lightbox.pt
Flashpoint chega ao Fim
Depois de 5 temporadas, Flashpoint chegou ao fim... e em grande, com um episódio duplo final que vai repescar os sentimentos de um 11 de Setembro ainda bem presente na memórias de todo o mundo.
Embora não fosse uma série "de referência", era no entanto uma das séries que semanalmente me dava gosto ver, e que mais recentemente nos tentava dar a conhecer um pouco mais sobre a vida (e os conflitos) destas equipas que muitas vezes têm que tomar decisões em fracções de segundo que podem resultar na vida ou morte de outras pessoas (ou de si próprios).
Acima de tudo, era uma série onde a equipa de actores principais conseguiu criar aquela "energia" que transparece através do ecrã. Algo que não é muito frequente, e que mesmo tendo agora chegado ao final, merece todo o nosso respeito e apreço.
Esperemos que os futuros projectos destes actores sejam igualmente bem sucedidos.
Efeitos e sons do The Hobbit
Se já foram ver o The Hobbit, facilmente poderão imaginar que toda e cada cena que vemos no filme teve que ser cuidadosamente planeada... e no caso de um filme como este que torna a magia realidade... muitos e muitos efeitos visuais foram necessários. O seguinte vídeo mostra-nos alguns dos processos que se passam por trás das cenas, seguido de outro que nos mostra também o processo de criação do ambiente sonoro deste filme.
Homeland e Dexter chegaram ao final da temporada (mas ainda não tive tempo de ver os últimos episódios... vou esperar pelas férias de Natal para os apreciar. ;)
A gala, mais uma vez apresentada pelo blogger Manuel Reis, foi marcada pelo humor. A actriz Paula Neves, a jornalista Joana Latino, o radialista Pedro Rolo Duarte, a apresentadora Luísa Barbosa e ainda Safaa Dib, coordenadora editorial da "Saída de Emergência" e Margarida Acciaiuoli, autora do livro "Os Cinemas de Lisboa" marcaram presença apresentando e entregando alguns dos galardões. Ainda durante a cerimónia, Carolina Sales do blog TV Dependente foi eleita Miss TCN Blog Awards 2012.
“Queremos desde já felicitar os galardoados e sublinhar a satisfação que sentimos com o enorme sucesso do evento”, refere Miguel Reis, membro da organização dos TCN Blog Awards. “Pretendemos continuar a mostrar o que de melhor se faz na blogosfera nacional e achamos que esta é uma boa forma de reconhecer o trabalho que tem sido feito por esta comunidade em prol de mais e melhor cinema e televisão. Todos os anos tentamos melhorar e este ao não foi excepção, ao criarmos a Academia TCN, responsável pela pré-selecção de blogs, bloggers e trabalhos nomeados. No ano que vem, queremos que os TCN Blog Awards se realizem fora de Lisboa e contamos para isso com a ajuda de todos”, conclui Miguel Reis.
Vamos lá ver se em 2013, o TCN Blog Awards visita o Porto. ;)
Depois de termos visto o teaser, é agora vez de ficarmos a conhecer o primeiro trailer completo do novo Star Trek Into Darkness. E se já o teaser abria o apetite, agora ainda mais curiosos ficamos, com algumas das novas cenas que se podem vislumbrar de relance. (Parece-me que vamos novamente assistir a umas "quedas espaciais" que vão fazer o nosso saltador de para-quedas da Red Bull corar de vergonha - mas sem necessidade, já que ele saltou de verdade... e aqui estamos perante a magia dos efeitos especiais.)
Vejam o trailer, com o som bem alto para dar uso ao sub-woofer. :)
Bem a tempo de satisfazer as necessidades cinematográficas para este Natal, chega ao nosso país o mais recente trabalho de Peter Jackson que nos faz regressar à Middle-earth de J.R.R. Tolkien. Nesta primeira parte de The Hobbit: The Unexpected Journey (a que se seguirão outros dois filmes The Hobbit: The Desolation of Smaug, e The Hobbit: There and Back Again) podemos encontrar bastantes paralelos com o primeiro filme do Lord of the Rings.
Aliás, a fórmula parece ser a mesma: um jovem hobbit que sai do conforto da sua terra (um pouco contrariado) para se meter em aventuras inesperadas e de escala bem superior à sua pequena estatura - e as semelhanças vão-se repetindo ao longo do filme, desde a passagem pela cidade dos elfos, os ataques dos inimigos, e até a um quase "final" ao estilo do primeiro filme. (Embora, aqui não sei até que ponto se possa atribuir a culpa a Peter Jackson, ou se será devido a Tolkien.)
Neste The Hobbit estamos perante uma história que se passa antes dos acontecimentos do Lord of the Rings - mas com certos aspectos "sobrepostos" e a servirem de prenúncio ao que estava para vir. Bilbo Baggins vai ser "arrastado" para uma aventura com um 13 anões que pretendem reclamar o seu reino que foi ocupado por um dragão - mas isso será algo que apenas veremos a sério nos próximos filmes.
No entanto, para além do filme épico que é... este filme estreia também algumas novidade tecnológicas que vão mudar o panorama do cinema digital (e ainda bem).
Os 48fps e o shutter a 270º
Felizmente cá em Portugal temos a possibilidade de ver o The Hobbit na sua versão 3D a 48fps, tal como Peter Jackson quis que fosse visto. Contrariamente aos filmes tradicionais - que têm estado presos nos 24fps por culpa da "tradição", que vem dos tempos em que se teve que arranjar um framerate que criasse a ilusão de uma imagem em movimento com o mínimo de qualidade visual... mas sem gastar demasiada da preciosa película cinematográfica - neste The Hobbit podemos ver um filme gravado ao dobro da frequência.
Quer isto dizer que temos o "dobro" da informação visual... duas imagens que proporcionam uma experiência visual de outro nível (embora, algumas pessoas digam que com isso também se perde o "look" do cinema).
No entanto, ainda fica por determinar até que ponto este look diferente - que em muitos casos se aproxima do aspecto "vídeo" - será devido ao framerate duplicado, ao à utilização de uma velocidade de shutter também diferente: a 270º em vez dos 180º.
Tecnologia à parte, o que posso dizer é que senti as diferenças logo a partir dos primeiros segundos. Poderei não ser o caso normal, já que tenho sido um forte crítico dos 24fps há bastante tempo, e sempre me senti particularmente irritado pelas imagens "saltitantes" do cinema tradicional (mas também sou das pessoas que se queixa do "rainbow effect" dos projectores DLP).
Portanto, entrei na sala já com a predisposição de que os 48fps eram algo de que iria gostar - e não, como outros poderão fazer, de irem ver o filme já predispostos a falar mal por "arruinar" o aspecto tradicional do filme em película.
As imagens são bastante mais fluidas (o dobro!), e nem que fosse só por isso - já me daria por contente. Não vou negar que há algumas cenas onde as coisas parecem um pouco estranhas, por terem "realismo a mais". Mas, sinceramente, penso que isso se deve apenas a uma questão de habituação - por estarmos habituados a ver os filmes sem tal definição ou realismo (à semelhança da habituação necessária na passagem do cinema mudo para o falado, e do preto e branco para as cores).
Senti também um efeito curioso de, se por um lado as imagens em 3D se tornam menos cansativas a 48fps, por outro lado houve alturas em que senti um "cansaço" estranho nos olhos, como se estivessemos a ver "definição a mais". É difícil explicar... e não foi algo que se possa dizer que é desconfortável, mas... é "estranho". Mas o que mais preocupava, era saber que depois do final do filme teria que voltar a ver outros filmes em 24fps! :)
Mas por outro lado, interrogo-me sobre o que acharão as pessoas que simplesmente vão ver o filme, sem "conhecimento" dos 24/48fps - e se repararão nas diferenças. Se forem com amigos que não liguem a este tipo de coisas, perguntem-lhes a opinião e se notaram diferenças (e deixem também as vossas opiniões nos comentários. :)
Já está disponível o trailer final de Zero Dark Thirty, o mais recente filme the Kathryn Bigelow (ex-mulher de James Cameron) e que já nos trouxe filmes como The Hurt Locker. Aqui, estamos perante a caça ao homem mais procurado do planeta, Osama Bin Laden e ultimamente à missão responsável pela sua execução.
Um daqueles filmes que se poderá dizer que será um êxito garantido, mesmo antes de chegar aos cinemas. Chega a 17 de Janeiro a Portugal.
Ontem tinha-vos prometido alguns trailers de filmes imperdíveis Sci-Fi que estão para chegar em 2013... e portanto, aqui estão eles, a começar por After Earth, que marca o regresso de M. Night Shyamalan aos bons filmes - espero eu! Pelo menos, acho que merece o benefício da dúvida, depois de espreitarmos o trailer que se segue.
No filme temos um pai e filho (que são na realidade pai e filho: com Will Smith e Jaden Smith) que depois de um acidente na sua nave espacial vão cair num planeta bastante hostil onde terão que sobreviver - e nem sequer se poderá usar o planeta como "grande surpresa final" ao estilo Shyamalan, já que sabemos desde logo que se trata do nosso planeta Terra, que terá sido abandonado um milhar de anos antes.
Vão haver também algumas "curtas" a servir de introdução a este cenário, e a explicar o que se passou. Mas o que é certo é que é melhor marcarem já o dia 6 de Junho de 2013 como sendo dia de ir ao cinema ver este filme.
E depois de Oblivion e After Earth, eis que o terceiro filme imperdível que vos trago hoje é o mega-imponentemente-fantástico filme Pacific Rim de Guillermo del Toro.
Um filme ao estilo "mega-monster movie" (como Godzilla), onde monstros gigantes surgem das profundezas dos oceanos, e onde a única esperança da humanidade é construir gigantescos robots capazes de os combater. No fundo, aquilo que já bem conhecemos de muitas histórias "anime" orientais, mas que aqui será transposta para o grande ecrã em imagem real (melhor dizendo, imagem reais criadas digitalmente ;)
Vejam o que nos aguarda... no próximo dia 18 de Julho de 2013.
Depois de After Earth, outro filme sci-fi que se prevê igualmente imperdivel é este Oblivion, que também conta com uma top-star de Hollywood: Tom Cruise.
Realizado por Joseph Kosinski (Tron: Legacy), este filme apresenta-nos também um mundo pós-apocalíptico que parece estar dividido entre uma população privilegiada que vive nas suas redomas tecnologicamente avançadas, e com o resto do planeta a ser considerada "zona de ninguém".
No entanto, Tom Cruise faz o papel de um técnico curioso que irá descobrir que nem tudo é o que parece (ao verdadeiro estilo "Matrix").
... Ainda sem data de estreia marcada para Portugal, é também um para ficar automaticamente na lista de filmes a não perder.
Chegamos novamente a um dos momentos altos do ano: o dia em que se realizam os TCN Blog Awards, que dão a conhecer os melhores blogs e bloggers portugueses na área de cinema e televisão.
A terceira edição deste evento que tem crescido a cada ano que passa irá decorrer já hoje (dia 15 de Dezembro), no Centro Cultural Casapiano em Lisboa, a partir das 15h. A apresentação, estará - como é habitual - a cargo do nosso caro amigo Manuel Reis (mas com muitas mais presenças ilustres em palco! :)
Durante a gala serão distinguidos diversos blogs e bloggers pelos seus trabalhos sobre cinema e televisão em 11 categorias: Crítica de Televisão, Crítica de Cinema, Entrevista, Site/Portal, Artigo de Televisão, Artigo de Cinema, Novo Blogue, Iniciativa, Blogue Individual, Blogue Coletivo e Blogger do Ano. Entre os convidados para entregar os galardões estarºão os atores Nuno Melo e Paula Neves, os jornalista Joana Latino e Vítor Moura, o radialista Pedro Rolo Duarte, a apresentadora Luísa Barbosa ou Safaa Dib, coordenadora editorial da "Saída de Emergência" e Margarida Acciaiuoli, autora do recentemente publicado "Os Cinemas de Lisboa".
Os TCN Blog Awards são organizados pela Take e pelo Cinema Notebook e marcam uma das iniciativas cinematográficas de relevo, que faz mostrar a muitos eventos com muitos mais recursos, como se podem fazer coisas bem interessantes - quando se fazem as coisas por gosto (e com gosto)!
Infelizmente, ainda não será desta que poderei estar presente em pessoa... Mas, quem sabe para o próximo? :)
Não sei se deva ficar triste ou contente, por ainda ser do tempo que o "Quarteto Fantástico" ainda era conhecido como os Quatro Fantásticos, mas o que é certo é estes super-heróis têm tido bastante azar na adaptação para o cinema (e nem me façam falar do Silver Surfer).
Agora, com um novo reboot na calha, vamos ver se é desta que os Fantastic Four têm finalmente um filme à altura. Como realizador teremos Josh Trank (Chronicle)... e há quem já comece a dar algumas dicas bastante jeitosas de coisas a não fazer neste futuro filme, como por exemplo: não voltar a explicar a "origem" destes nossos heróis; não retratar o Doctor Doom como sendo um "palhaço"; não perder tempo com a relação romântica da dupla principal; etc.
O novo Man of Steel parece estar a seguir no bom caminho com o novo Super-Homem, vamos esperar que sirva de inspiração também para os "Quatro Fantásticos". Pois era mais que merecido.
Star Wars no Canal SyFy começa já Amanhã
É já a partir de amanhã que poderemos ver todos os filmes do Star Ward no canal SyFy, aos sábados e domingos, as 21h30. São 6 filmes imperdíveis (uns melhores que outros, isso já todos sabemos) que nos acompanham neste final de ano.
E no caso de serem verdadeiros fãs, podem sempre tentar a sorte no leilão de várias peças dos filmes originais, incluindo... a cabeça do Yoda!
Trailer de Nuno Barbosa já disponível
Depois de termos ajudado a levar Nuno Barbosa a Hollywood para realizar um documentário, já podemos agora ver os frutos desta aventura, com o teaser trailer do seu novo trabalho.
Pessoalmente, gostava que este filme tivesse tido uma perspectiva mais séria, mas... seja como for este The Lone Ranger vai ser de visionamento obrigatório - mesmo que seja apenas puro entretenimento pipoqueiro, como este novo trailer faz antever.
E há muitas e boas notícias - leia-se: filmes sci-fi - que estão para chegar em 2013... sendo que pelo menos três deles têm já lugar garantido na minha lista de filmes ansiosamente aguardados. Mas... terão que esperar até amanhã para os ficar a conhecer. :)
The Hobbit: An Unexpected Journey - O Hobbit: Uma Viagem Inesperada
Realizador: Peter Jackson
Actores: Billy Connolly, Cate Blanchett, Christopher Lee, Elijah Wood, Orlando Bloom
Now Is Good - Agora fico Bem
Realizador: Ol Parker
Actores: Dakota Fanning, Jeremy Irvine, Kaya Scodelario, Olivia Williams, Paddy Considine, Sarah Hadland
Sammy's Adventures 2
Realizador: Ben Stassen
Vozes: Billy Unger, Isabelle Fuhrman, Melanie Griffith, Pat Carro
Nicolas Cage está de regresso ao tipo de personagem que mais parece gostar, o do "bandido" com princípios, e neste Stolen vai ser confrontado com algumas escolhas difíceis.
É que Nicolas Cage é um ladrão que com a sua equipa tem iludido as autoridades ao longo de anos - mas que, inevitavelmente, a coisa corre mal e é apanhado. Quando sai da cadeia, vai tornar-se do alvo dos seus antigos companheiros (e também das autoridades) que estão interessados em saber onde ele escondeu o dinheiro do seu último roubo - e para isso, vão usar a sua filha como "elemento persuasor".
Realizado por Simon West (Tomb Raider, Expendables 2), o filme divide-se em duas partes, a parte inicial em que estamos perante um autêntico "heist movie", e que até funciona bastante bem, que depois se transforma num desenrolar de cenas de perseguição igualmente bem conseguidas - e depois na segunda parte, depois do nosso "heróis" sair da cadeia e se ver a braços com o rapto da filha, e das autoridades que parecem estar desinteressadas em ajudá-lo pelas vias legais.
Nesta segunda parte a coisa fica um pouco mais tremida, em parte devido ao "vilão", transformado quase em personagem caricatural, onde não lhe falta sequer uma perna de metal e alguns dedos cortados (só lhe faltava mesmo ter um gancho numa das mãos, para parecer que estavamos perante uma fábula da Disney). E aí o filme descamba quase para um filme do "bicho papão", onde já sabemos que mesmo quando parece estar morto, ainda lá estará para regressar à vida...
Mas tirando essa parte "caricatural" da coisa, a verdade é que é das melhores coisinhas que o Nicolas Cage tem feito ultimamente (e então em comparação com o seu filme anterior: "Ghost Rider: Spirit of Vengeance"... podemos dizer que é mesmo uma obra-prima! ;)
Poderá o reboot de Super-Homem que nos chega de Zack Snyder ser aquilo pelo qual temos esperado há décadas? Pelo que se pode ver neste primeiro trailer de Man of Steel... parece-me que sim!
(E não se deixem enganar pela metade inicial bastante calma... é que as coisas só começam a acontecer na metade final do trailer. :)
Está mais que visto que a fórmula "Dark Knight" vai ser (bem) aplicada ao Super-Man... e já era tempo.
Estamos com sorte! Parece que Portugal estará na lista de países onde será possível ver o The Hobbit (que estreia já esta semana) na versão de 48fps.
Infelizmente, é só na versão 3D - muito preferiria eu ver o Hobbit a 2D em 96fps ;P - e pelo que pudemos descobrir estará apenas disponível nos cinemas Zon Lusomundo do Norte Shopping, Colombo, Alvaláxia, Cascais Shopping e Vasco da Gama.
Este framerate irá permitir ver as imagens com o dobro da frequência normal (24fps) a que são projectados os filmes - decisão que, relembro, foi escolhida no início da industria cinematográfica por ser a frequência *minima* para criar a ilusão de movimento com algum conforto visual (e assim poupar película).
Claro que a mudança para esta frequência tem causado nalgumas pessoas estranheza, por o resultado se aproximar mais do "vídeo" do que do aspecto de cinema... mas, mesmo sem ainda ter visto, posso garantir desde já que vou adorar (nem que seja por me livrar dos tenebrosos "pans" saltitantes nos filmes a 24fps).
The Hobbit: An Unexpected Journey estreia em Portugal já na próxima quinta, 13 de Dezembro. E depois de o ver a 48fps, cá regressarei para vos confirmar que aquilo é mesmo tão bom como estava à espera. ;)
Se gostam de filmes de artes marciais "artísticas", vão certamente gostar deste Tai Chi Zero realizado por Stephen Fung.
O filme tenta cativar os fãs do steampunk, com algumas cenas que tornam quase obrigatória a comparação ao Wild Wild West (embora aqui devesse ser um Wild Wild East), incluindo a batalha contra uma fumegante e maquiavélica máquina gigante - mas na essência estamos perante a história habitual: jovem aprende artes marciais, jovem descobre que há outro estilo mais potente (e saudável) numa remota aldeia, jovem vai para lá e tem que provar a sua validade antes de lhe ser permitido aprender.
Pelo meio, temos a sua capacidade especial de se "transformar" numa criatura super-potente e imparável (mas que serve apenas como chamariz inicial que depois fica quase esquecido); e também algumas cenas com forte influência "anime".
Enfim, um filme divertido de se ver, mesmo se o resultado final pareça ter resultado de uma misturadora para onde os ingredientes foram atirados à pressa.
Já temos o primeiro teaser trailer do novo Star Trek Into Darkness, e... parece que a equipa está mesmo empenhada em levar o Star Trek a caminhos "por onde nenhum Homem andou antes".
Muito haveria para dizer sobre toda e cada pequeno excerto das cenas que poderão ver a seguir... mas para mim, aquela cena da Enterprise a irromper de uma posição submersa, vai ser... épica. Sim, já tinham feito uma coisa semelhante mas numa "nebulosa" no espaço... mas não há dúvida que o efeito é bem melhor com água mesmo - embora os puristas certamente terão muitas questões a colocar, a uma Enterprise a voar dentro da atmosfera, e debaixo de água. Mas, que se lixe a "ficção cientificamente correcta" quando o resultado final é deste nível. :)
Se dúvidas houvesse que os filmes e os videojogos são algo que se vão misturando cada vez mais, eis que temos mais uma prova de que isso não só é verdade... como é também bem apreciado.
Neste caso, preparem-se, pois Crysis 3 vai dar origem a uma série de vídeo: "The 7 Wonders of Crysis 3".
E considerado que os seus gráficos são de referência, vai ser um must para os fãs do jogo e também da animação CGI.
(Estamos finalmente a chegar ao ponto em que os motores gráficos usados nos jogos podem perfeitamente ser usados para criar filmes de animação de alta qualidade... e se isso já pode ser feito num PC de topo, imaginem o que será possível com a futura geração de consolas que chegará no final do próximo ano... Já me imagino a ver séries que são descarregadas em poucos Megabytes, e "renderizadas" em tempo real nas consolas e computadores. :)
Agora é só esperar até 12/12/12 para começarmos a ver este "The 7 Wonders of Crysis 3".
Hoje em dia é possível chegarmos a casa, e com um toque no comando escolhermos qualquer um dos filmes que deu durante a última semana em qualquer um dos muitos canais que temos à disposição. Temos até a possibilidade de alugarmos os mais recentes êxitos sem sairmos de casa! E isto, sem entrarmos sequer nas crescentes oportunidades que vão surgindo a nível de distribuição e compra de conteúdos pela internet.
São coisas agora cada vez mais normais e comuns... mas que fazem pensar no quanto as coisas mudaram nas últimas décadas.
Lembro-me perfeitamente de no meu tempo de criança ter apenas uma pequena TV a preto-e-branco, com acesso a um único canal (e que apenas emitia durante algumas horas por dia, e com a famosa mira técnica a servir de pano de fundo assim que a emissão terminava, com o hino nacional). Os anos foram passando, e fui assistindo às maravailhas da tecnologia... as televisões passaram a ser a cores, as emissões passaram a ser feitas 24h por dia, e mais canais foram chegando.
Mas para quem adorava filmes como eu, poucas (nenhumas) alternativas havia a não ser ir ao cinema semanalmente... sentir aquela emoção de uma imagem projectada numa tela do tamanho de uma gigantesca parede. No tempo que precedia a projecção do filme (não havia as publicidades actuais - apenas alguns cartazes colocados nas cortinas que protegiam a tela), falava-se sobre outros filmes... filmes que eu mentalmente ia tentando manter numa lista de "filmes a ver", quando algum dia - no futuro - isso fosse possível.
Naquela altura, essa proposta improvável significava apenas uma única hipótese: que o filme viesse a passar num qualquer canal da TV, anos mais tarde... com sorte. Só anos mais tarde é que os videogravadores e os clubes de vídeo é que vieram "revolucionar" todo este sistema, dando-nos a possibilidade de ver os filmes que queríamos, quando queríamos! Foi também um ponto de viragem que fez com que ver "cinema" deixasse de ser uma experiência que apenas podia ser vivida fora de casa. A partir daí, começava a ser possível preferirmos ver filmes em casa.
Claro que na altura dos filmes em VHS e dos ecrãs CRT, seria necessário ser um pouco masoquista preferir essa experiência à da imagem e som de um cinema a sério... mas com a chegada dos DVD e mais recentemente da alta-definição... a coisa é bem diferente.
Hoje em dia temos ecrãs de grandes dimensões que nos fazem repensar se não estaremos melhor a ver cinema "em casa". E nem precisamos de entrar em sonhos megalómanos como a daquele ecrã de 84" da LG, com resolução ultra-HD 4K. Por preços bem acessíveis podemos encontrar ecrãs HD de dimensões já razoáveis, e sistemas de som 5.1 (reais, ou "virtuais) que nos permitem transformar a nossa sala no nosso cinema particular, e onde temos o total controlo sobre aquilo que queremos ver, a hora em que a sessão começa... e até as pausas caso seja necessário dar um salto à cozinha para reabastecer as pipocas ou bebidas.
Um total controlo que também se torna mais conveniente e confortável: não é necessário percorrem dezenas de quilómetros até ao cinema mais próximo; não é necessário ficarem nas filas; arriscarem-se a encontrar uma sala cheia que faz com que tenham que ficar num canto da sala (ou nas primeiras filas), ou a terem que aturar pessoas ao lado a comentar o filme/falar ao telemóvel/ou a agitar o balde de pipocas ruidosamente a cada 30 segundos... Já para não falar no preço dos bilhetes, que no caso de uma família numerosa e/ou com amigos... rapidamente se torna num "luxo" que nem todos estarão dispostos a suportar.
O Natal está à porta... o tempo frio também... será assim tão desabido pensar que da próxima vez que quiserem ver um filme, telefonem aos vossos amigos e marquem a "sessão" para a vossa própria sala?
A era do cinema em casa chegou, e é de prever que cada vez mais pessoas optem pela comodidade, facilidade, e economia que essa opção permite. Pela minha parte, apenas aguardo com ansiedade que a tecnologia faça com que os custos dos ecrãs gigantes (e refiro-me aos de 84" ou mais) venha para valores mais compatíveis com a carteira dos portugueses. Mas tal como em tempos me parecia impossível ter uma TV com ecrã de 50", e hoje em dia tenho duas em casa, imagino que daqui por uns anos possa estar a dizer o mesmo de televisores de 84" e 100".
Haverá sempre espaço para a experiência social que é "ir ao cinema", mas não me chocará ver que haverá um número crescente de pessoas que passará a optar por dar prioridade ao "cinema" que tem... em casa.
Não podia deixar passar em claro a morte de Dave Brubeck, no passado dia 5 de Dezembro, aos 91 anos, e após décadas de música - que felizmente, ficarão para a posteridade como uma das referências absolutamente imperdíveis do Jazz.
Não será por acaso que Brubeck foi, a par de Louis Armstrong, um dos dois únicos músicos a aparecer na capa da revista Time; e que o seu álbum "Time Out" de 1959 conseguiu a proeza de vender mais de 1 milhão de exemplares (imaginem só, um album de jazz, naquela altura, a vender esta quantidade!) Álbum esse que ainda hoje é considerado indispensável e obrigatório para todos os que pensem sequer poder descrever-se como apreciadores de Jazz.
Como sempre, eu não ligo muito ao que os outros dizem (isto é, ligo, mas gosto de "chegar lá" por mim próprio), no entanto tenho uma história curiosa.
Quando eu era novo, e estava a pensar aventurar-me na aprendizagem das "teclas" (de música, obviamente) depois de muitos anos a tocar "de ouvido" num pequeno orgão desafinado que me tinham emprestado - as opções não eram muitas. Naquela altura, para mim, aprender piano era sinónimo de músicas chatas (clássicas) e exercícios chatos intermináveis; e no orgão... bem, não é que fosse o ideal, mas sempre era menos mal.
Felizmente tinha um grande amigo, autêntico prodígio do piano, que me foi iluminando o caminho, e mostrando-me que:
1) as músicas clássicas afinal não são assim tão "chatas" (e algumas delas, bem pelo contrário)
2) há muito mais que se pode fazer com o piano do que simplesmente tocar música clássica
No entanto, recordo-me perfeitamente do dia em que um dos meus professores de música (que felizmente podia -e posso- chamar de amigo), se sentou ao piano e começou a tocar uma estranha e contagiante melodia, que desde então me ficou gravada no cérebro.
Na altura mal podia eu imaginar que era precisamente a famosa Take Five - que mesmo não tendo sido composta por Brubeck, é sem dúvida uma das interpretações que nos mostra precisamente a sua essência.
É com essa música que vos deixo... esperando que possa continuar a maravilhar e inspirar muitas mais crianças e adultos, tal como o fez comigo.
David Koepp é um escritor e realizador que já provou a multipluralidade do seu talento, ao trazer-nos filmes que vão do Stir of Echoes e Panic Room a Toy Soldiers e Spider-Man. Neste Premium Rush resolve dar literalmente ao pedal, colocando Joseph Gordon-Levitt como estafeta que vai descobrir que o pequeno envelope que transporta se vai tornar em algo bem mais complicado do que se poderia prever.
A viagem de bicicleta pela ruas de Nova Iorque, com Michael Shannon a persegui-lo (no papel de vilão quase caricatural) e todos os "atropelos" que se sucedem são suficientes para nos colar ao ecrã durante todo o filme - que ainda consegue polvilhar o relato com algumas situações e conflitos pessoas que servem para dar maior veracidade (e profundidade) aos personagens.
Para terminar, agradecimentos por também me ter feito recordar por momentos os saudosos tempos de Dark Angel e do seu "gang" de mensageiros. :)
Já está nas bancas a nova revista de banda desenhada da Disney, a Disney Comix, que nos apresenta aventuras dos nossos velhos amigos e bem conhecidos personagens da Disney, com destaque nesta primeira edição para o Mickey, Tio Patinhas e Pato Donald.
A revista tem um preço promocional de lançamento de apenas 1€ (que incentivo todos a "investirem"), e podem até habilitar-se a ganhar 1000€ num passamtempo que a Disney Portugal tem a decorrer no Facebook, e que vos obriga apenas a serem criativos e tirarem uma foto.
Eu ainda não fui buscar a minha, mas estou muito curioso para ver que tal se comporta face às memórias que tenho das bolas velhas BD da Disney, do tempo em que ainda chegavam até nós em Brasileiro, e em papel que amarelecia ao fim de alguns anos. :)
Red Dawn - Amanhecer Violento
Realizador: Dan Bradley
Actores: Adrianne Palicki, Brett Cullen, Chris Hemsworth, Isabel Lucas, Josh Hutcherson, Michael Beach
Anna Karenina
Realizador: Joe Wright
Actores: Aaron Johnson, Emily Watson, Jude Law, Keira Knightley, Kelly Macdonald, Matthew Macfadyen
Dan Bradely estreia-se na cadeira de realizador (depois da sua longa experiência como duplo e coordenador de duplos) neste remake de um dos clássicos que marcou uma geração que acompanhou as "boas" velhas batalhas mediáticas entre os Soviéticos e os Americanos, mas que agora surge com os inimigos actualizados (os norte-coreanos): Red Dawn.
Não escondo que o filme original é um daqueles filmes que recordo com carinho especial, talvez por ter sido visto numa altura em que ainda pairava no ar a eventualidade de um holocausto nuclear, com filmes como The Day After e demonstrarem o pesadelo que isso seria; mesmo se melhor poderiam ser descritos como "propaganda"... mas... não entremos por aí.
Neste remake, trocam-se os inimigos soviéticos pelos mais assustadores norte-americanos, mete-se um "Thor" aos comandos (Chris Hemsworth) a par de uma cambada de miúdos reconhecíveis (recordo que no Red Dawn de 1984, contavamos com a participação de uns jovens Patrick Swayze e Charlie Sheen, entre muitas outras caras conhecidas) mas... penso que o resultado final não consiga o estatudo de "clássico" do original.
Para quem não conhece a história, numa pequena cidade no interior dos EUA, a população acorda para uma invasão de uma força inimiga (os norte-coreanos), e um bando de jovens consegue escapar e tem que decidir o que fazer: fugir, render-se, ou... combater.
Talvez a culpa seja minha... e já não veja o filme com os olhos "inocentes" com que os via em 1984. Mas o que é certo é que esta nova geração de actores não conseguiu recriar o ambiente de desespero que seria ver a sua povoação invadida por um exército inimigo e passarem a ser eles os "guerrilheiros" que os teriam que combater.
Sim, os efeitos são melhores, as cenas de acção também - e até admito que, para quem não tiver visto o original, este passe a ser a referência. Mas para mim, continuo a preferir o original de John Milius (que nos trouxe Conan the Barbarian e Flight of the Intruder, e que também foi um dos escritores do mítico Apocalypse Now). Curiosamente a história de Red Dawn surgiu pela mão de Kevin Reynolds (que uma década mais tarde veio a realizar o problemático, mas inesquecível, Waterworld. :)
Neste remake, tudo se passa com demasiada facilidade. Num ápice passamos de um bando de miúdos assustados para um bando de guerrilheiros bem treinados e capaz de enfrentar soldados "profissionais". E se "meia dúzia" de miúdos fazia isto nesta pequena cidade, os EUA nem precisariam de tropas a sério para repelir os invasores. (Para além do improvável que seria fazer aterrar de um dia para o outro nos EUA um número de soldados suficientes para controlar uma população de centenas de milhões de pessoas... mas pronto, esse "detalhe" também se teria que criticar no original.)
Já sabemos o que a malta do Balas e Bolinhos andava a preparar... o "Balas & Bolinhos - mesmo à frente do teu focinho!" vai ser afinal uma recriação ao vivo das cenas mais memoráveis dos filmes, que vai decorrer nos Coliseus de Porto e Lisboa (e que certamente irá esgotar), jeito de despedida desta quadrilha que conquistou Portugal, nas salas de cinema e fora dela.
Para além disso estão igualmente prometidas muitas cenas inéditas, muita música, convidados especiais... e acima de tudo, muita diversão.
15 e 16 de Março - Coliseu do Porto
30 de Março - Coliseu de Lisboa
(Ainda bem que é dose dupla no Porto, pois suspeito que uma só sessão não iria chegar para todos os que querem ver! :)
Dia 8 de Dezembro será lançado o DVD do filme "Balas & Bolinhos - o último capítulo", já no top 3 dos filmes portugueses mais vistos de sempre. Os primeiros DVDs oferecerão um vale de desconto no valor de 2 euros para desconto nos bilhetes para os espectáculos.
Criadores de Game of Thrones explicam a Batalha de Blackwater
Os fãs de Game of Thrones recordar-se-ão certamente do épico episódio com a batalha de blackwater, um dos episódios que mais terá impressionado todos os espectadores.
Mudanças de última hora do realizador, custos sempre limitados pelo orçamento dos produtores, a utilização de efeitos "à moda antiga" (muitos dos extras são pessoas sem pernas e braços, para "facilitar" o efeito de serem cortados braços e pernas - embora na parte de cortar cabeças... acho que não haja nenhum!) e ainda a inevitável questão de certas coisas serem diferentes de como foram contadas nos livros.
A 3º season de Game of Thrones deverá começar a 31 de Março de 2013.
Man of Steel já tem poster
O nosso Super-Homem parece estar em maus lençois neste poster de Man of Steel que marcará um re-re-reboot do super-herói que serve de icone a todos os outros, desta vez pela mão de Zack Snyder.
Desta vez Clark Kent será intepretado por Henry Cavill, que terá como "pais" Russell Crowe (Jor-El) e Kevin Costner (Jonathan Kent), e com o vilão a ficar muito bem entregue a Michael Shannon (General Zod).
Agora é só esperar até Junho de 2013.
Balas e Bolinhos 3 em DVD
Depois de se ter tornado num dos filmes mais bem sucedidos de sempre, atingindo o top dos filmes portugueses mais vistos nos cinemas nacionais, com mais de 250 mil espectadores, "Balas & Bolinhos 3 - o último capítulo" vai ficar finalmente disponível em DVD - e até já anda a circular uma cópia inacabada pela internet.
Repleto de extras - making-of, comentários dos actores e novos bloopers - o DVD do filme que encerra a primeira trilogia do cinema português promete ser um sucesso de vendas.
Para os verdadeiros fãs desta saga, vão ter oportunidade de ver de perto os seus ídolos, pois os quatro actores principais do filme estarão em sessões de autógrafos no Porto e Lisboa nos dias:
8 Dezembro (sábado) - PORTO - FNAC Norteshopping - 18 horas
Já anda a circular na internet uma versão do mais recente filme da trilogia Balas e Bolinhos. No entanto, e para muito desagrado do realizador e da empresa de produção... nem sequer se trata de uma versão final do filme. A cópia que anda a circular é a de uma versão inacabada, sem efeitos especiais nem músicas, e que poderá induzir em erro muitas pessoas que pensem que o filme é mesmo assim.
"Balas & Bolinhos - o último capítulo" está prestes a chegar ao mercado em DVD, e seria inevitável que também ele se juntasse à longa lista de filmes partilhados na internet... mas ao menos, seria em versão que mostraria todo o trabalho que foi feito na produção deste filme que se tornou no filme português mais visto do ano.
Portanto... se vos passar pela mão a oportunidade de verem este Balas e Bolinhos "ratado"... será melhor dispensarem essa oportunidade - a não ser que já estejam com intenções de comprar o DVD, e por curiosidade queiram ver a diferença que faz o "antes" e o "depois" dos efeitos especiais e músicas originais.
Mas não deixem de espalhar a palavra, e alertar todos aqueles que vos vierem dizer que o Balas e Bolinhos 3 é uma palhaçada, sem efeitos especiais e sem música. Rapidamente saberão que estão a falar da cópia inacabada que anda a circular por aí.
Antestreia
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