sábado, 8 de dezembro de 2012
Dave Brubeck R.I.P.
Não podia deixar passar em claro a morte de Dave Brubeck, no passado dia 5 de Dezembro, aos 91 anos, e após décadas de música - que felizmente, ficarão para a posteridade como uma das referências absolutamente imperdíveis do Jazz.
Não será por acaso que Brubeck foi, a par de Louis Armstrong, um dos dois únicos músicos a aparecer na capa da revista Time; e que o seu álbum "Time Out" de 1959 conseguiu a proeza de vender mais de 1 milhão de exemplares (imaginem só, um album de jazz, naquela altura, a vender esta quantidade!) Álbum esse que ainda hoje é considerado indispensável e obrigatório para todos os que pensem sequer poder descrever-se como apreciadores de Jazz.
Como sempre, eu não ligo muito ao que os outros dizem (isto é, ligo, mas gosto de "chegar lá" por mim próprio), no entanto tenho uma história curiosa.
Quando eu era novo, e estava a pensar aventurar-me na aprendizagem das "teclas" (de música, obviamente) depois de muitos anos a tocar "de ouvido" num pequeno orgão desafinado que me tinham emprestado - as opções não eram muitas. Naquela altura, para mim, aprender piano era sinónimo de músicas chatas (clássicas) e exercícios chatos intermináveis; e no orgão... bem, não é que fosse o ideal, mas sempre era menos mal.
Felizmente tinha um grande amigo, autêntico prodígio do piano, que me foi iluminando o caminho, e mostrando-me que:
1) as músicas clássicas afinal não são assim tão "chatas" (e algumas delas, bem pelo contrário)
2) há muito mais que se pode fazer com o piano do que simplesmente tocar música clássica
No entanto, recordo-me perfeitamente do dia em que um dos meus professores de música (que felizmente podia -e posso- chamar de amigo), se sentou ao piano e começou a tocar uma estranha e contagiante melodia, que desde então me ficou gravada no cérebro.
Na altura mal podia eu imaginar que era precisamente a famosa Take Five - que mesmo não tendo sido composta por Brubeck, é sem dúvida uma das interpretações que nos mostra precisamente a sua essência.
É com essa música que vos deixo... esperando que possa continuar a maravilhar e inspirar muitas mais crianças e adultos, tal como o fez comigo.
E se quiserem mais... :)
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Grande perda. RIP Dave.
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