sábado, 4 de abril de 2015

YouTube já testa vídeo Ultra HD 4K a 60fps


O YouTube há muito que suporta resoluções superiores ao Full HD, e mais recentemente passou a suportar também vídeos a 60fps. Agora, finalmente combina ambos para nos oferecer vídeos Ultra HD 4K a 60fps - embora ainda em fase experimental.

Nem toda a gente terá uma ligação à internet capaz de aguentar com estes vídeos sem uma boa dose de buffering, e também não serão muitos os que têm um monitor ou televisor Ultra HD 4K onde poderão apreciar todos estes pixeis (se não tiverem, nem sequer percam tempo... pois não ganharão nada em tentar ver resoluções superiores à dos vossos monitores - embora também possam optar pelo vídeo em 1440p60).

Com o Netflix a já oferecer algumas séries em Ultra HD, é de imaginar que o Google não se queira deixar ficar para trás e que já contemple o próximo passo, que serão os conteúdos a 60fps em vez de 30fps. É certo que se terá que enfrentar as críticas de todos os que, como acontece no cinema, preferem o aspecto dos 24/30fps e que acham os vídeos a 60fps demasiado realistas - mas, goste-se ou não, não faz qualquer sentido manter uma opção que apenas surgiu por limitações técnicas e não por "motivos artísticos".

A adopção dos monitores/televisores 4K irá começar a aumentar nos próximos anos, e quem as comprar terá muita vontade em dar bom uso a esses pixeis. Claro que a resolução 4K e os 60fps por si só não são garantia de qualidade extrema (se depois tivermos direito a elevada compressão) - mas graças aos novos codecs como o H.265, torna-se possível ter estes conteúdos com larguras de banda mais reduzidas que nunca. Uma coisa é certa... se esperavam que os filmes em Blu-ray que tinham comprado para substituir os que tinham na colecção em DVD, e que já tinham sido comprados para substituir os VHS, iriam ser os últimos... preparem-se para ver edições remasterizadas de tudo isso em Ultra HD 4K (e resoluções superiores).

Mas desta vez, será pouco provável que comprem esses filmes em formato físico, pois os formatos físicos não têm tido velocidade para acompanhar a velocidade e evolução que está à disposição dos serviços digitais de streaming/download.




2 comentários:

  1. Carlos, boa tarde!

    Primeiro, parabéns por esse site maravilhoso.

    A respeito dessa excelente matéria farei algumas observações para aguardar seu comentário.

    1 - se a tecnologia sempre quebrará nossas pernas, tornando obsoletos nossos players, obrigando-nos a comprar intermitentemente novos reprodutores de mídia, então o melhor é não fazer coleção de mídias, mas apenas do conteúdo. Imagino que seja mais cômodo apagar um filme e pôr outro remasterizado no lugar, tudo em hd externo. Desse modo eu não me frustrou por ter que trocar uma coleção inteira e cara a cada década, em média. Concorda ou estou falando besteira?

    2 - se eu tenho intenção de iniciar minha coleção da maneira mencionada acima, como farei? A coisa mais difícil é encontrar na internet filmes com qualidade verosimilhante à película original. A cultura do comércio via stream ainda engatinha e não faço ideia de como conseguir, por exemplo, Tempos Modernos, do gênio Chaplin, na melhor qualidade possível, 4k de repente, com download via internet, pago ou não. Sabe se os estudiosos distribuidores já pensam em algo que possa fomentar essa prática comercial, já que é mais sustentável, versátil e inteligente, desde que haja uma internet decente pra baixar, por exemplo, 2TB por filme?

    3 - os filmes antigos, filmados em películas de 16, 35 e 70 milímetros, por exemplo, estão começando a ser remasterizados e passados à qualidade Ultra HD (4k). É o caso de Lawrence da Arábia. Minha dúvida é: qual o limite de melhoramento que esses filmes podem alcançar? 4k? 6k? 8k? Pergunto porque sei que - por mais que a película tenha uma enorme qualidade de imagem, tanto em resolução quanto em definição - há um limite.


    Amigo, sem palavras pra te agradecer!

    Aguardo a resposta.

    Grande abraço!

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    Respostas
    1. 1 - a grande questão é saber se haverá formas legais de fazer isso... considerando que a progressão tem sido o de tornar isso cada vez mais complicado para o utilizador (veja-se o caso dos países onde nem sequer se pode fazer uma cópia de um CD/DVD/Bluray para o próprio computador.)

      2 - A isso chama-se "transparência" (quando um qualquer outro formato consegue reproduzir o original de forma indistinguível). Curiosamente, nos formatos digitais quem mais se tem empenhado nesse processo são os curiosos e "piratas", já que muitas vezes os estúdios fazem compressões "à pressa" e verdadeiramente vergonhosas - embora actualmente se esteja num ponto em que isso já não é tão crítico como era no tempo dos DVDs.

      3 - esse tópico é bastante engraçado. Teoricamente, película de 70mm terá capacidade para ter uma resolução de cerca de "18K". Só que, como meio analógico que é, nada garante que a sua exposição tenha sido feita de forma a conseguir obter essa resolução espacial (teremos o "ruído", qualidade das lentes, tempo de exposição, motion blur, etc. etc) tudo a afectar e a prejudicar essa qualidade teórica. (Eu bem que sou daqueles que trocava uma resolução 18K a 24fps por uma resolução 4K a 100fps! :)

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