terça-feira, 16 de setembro de 2014
Douglas Trumbull promove o cinema 3D a 120fps
No cinema, Douglas Trumbull é um nome que dispensa apresentações, tendo trabalhado nos efeitos especiais de clássicos como "2001: A Space Odyssey" e "Blade Runner", e realizado o icónico "Silent Running"; e décadas mais tarde, este veterano continua a ser uma força motriz que levar levar o cinema para o futuro. A sua proposta, o sistema MAGI de cinema 4K 3D a 120fps!
A questão do framerate no cinema tem sido um tema sensível, com muitos puristas a criticarem as tentativas de se mexer nos famosos 24fps que têm sido o standard há quase um século. Realizadores como Peter Jackson já nos trouxeram alguns filmes a 48fps (que foram criticados por parecerem "vídeo"), mas Trumbull diz que saltando para os 120fps se passa para algo inteiramente diferente, e que a vantagem é que esta tecnologia poderá ser facilmente adaptada aos projectores digitais já existentes na maioria dos cinemas.
Ora... eu nem preciso que me convençam: há décadas que critico que se mantenha no cinema um framerate que surgiu pelas limitações físicas (e económicas) dos tempos da película; sendo que agora com o cinema digital não há sentido para que não se dê um salto na qualidade e realismo da imagem. A 120fps o cinema passará a ter um aspecto completamente diferente, é certo... mas é o mesmo que compararmos o cinema "actual" com as filmagens a preto e branco de baixo frame rate dos filmes mudos de outros tempos.
Fala-se que James Cameron poderá adoptar esta tecnologia para os próximos Avatar, sendo que por agora Trumbull vai mostrar a sua curta UFOTOG (que foi exibida na IBC 2014) a Jon Landau, produtor de Avatar na esperança de lhe conseguir demonstrar que este é mesmo o caminho a seguir.
Com o cinema a queixar-se continuamente da queda dos espectadores, é preciso investir em tecnologia como esta que proporcione experiências cinematográficas bem diferentes das que se possam ter em casa (embora espere também que os formatos 120fps rapidamente cheguem até nós - e bem que isso poderia começar pelo suporte do YouTube para formatos HFR - high-framerate!)
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