A Netflix trouxe para os ecrãs a adaptação da banda-desenhada Warrior Nun, que tem tido particular interesse em Portugal pelo facto de, como protagonista, termos a jovem e talentosa Alba Baptista - a par do veterano Joaquim de Almeida em papel secundário.
A parte boa é que Alba Baptista mostra ter todas as capacidades para ambicionar a mais altos voos e esta série irá dar-lhe maior exposição a nível mundial. A parte má é que esta série, que bastaria seguir a receita "do costume" para ser um sucesso garantido, falha precisamente nessa que seria a parte mais fácil. A série tem bons actores, bom nível de produção, e uma temática interessante - a de uma ordem de freiras guerreiras que batalha os demónios que vão aparecendo no nosso mundo; no entanto, o ritmo é sofrível (ou deverei dizer: não existente), e os diálogos, bem... acho que nem sequer numa banda desenhada funcionariam.
Não tendo visto acompanhado essa sua origem na BD, não sei até que ponto a evolução da série na Netflix espelha a sua origem; mas o que é certo é que, num universo onde não faltam séries com heróinas de acção - e mesmo havendo espaço para inovar para que não seja tudo uma réplica dos Arrow, Supergirl, Flash, Batwoman, etc. - este Warrior Nun espalha-se ao comprido por não saber manter um equilíbrio apelativo entre o enredo e as cenas de acção. E é pena, pois quando surgem podemos ver coisas bem conseguidas.
É pena... exigia-se mais para tirar proveito de todo o brilho da protagonista. Esperemos que isso possa vir a ser feito em projectos futuros.
Sem comentários:
Enviar um comentário