sexta-feira, 22 de março de 2019


Após mais de um ano de preparação fica completamente concluída a aquisição da 21st Century Fox pela Disney, um negócio de 71 mil milhões de dólares que torna o império da Disney ainda mais poderoso.

Com (mais) esta aquisição a Disney, que já detém a Lucasfilm e a Marvel, passa a somar ao seu catálogo as produções da Fox (que no cinema incluem filmes como Avatar, e na TV séries como os Simpsons), incluindo a Twentieth Century Fox, Fox Searchlight Pictures, Fox 2000 Pictures, Fox Family, Fox Animation; grupos Twentieth Century Fox Television, FX Productions, e Fox21; canais FX; National Geographic; Star India; e ainda as participações da Fox na Hulu e outros grupos (como a Endemol Shine).

O que isto quer dizer é que a Disney, que já era um colosso na área, torna-se num elemento ainda mais poderoso, reforçando os conteúdos com que poderá contar para o seu futuro serviço de streaming Disney+ que, para todos os efeitos, se poderá considerar o primeiro rival de peso da Netflix. Em antecipação a isto, a Disney já foi eliminando parcerias e licenciamentos (os conteúdos Marvel e Star Wars têm desaparecido da Netflix, por exemplo) e está a apostar que muitos actuais clientes Netflix estejam dispostos a segui-los para a sua nova casa.

Tudo se irá resumir ao que a Disney estará disposta a oferecer aos clientes... e a que preço. Se se vier a ter um serviço Disney+ que dê acesso a todo este catálogo a um preço competitivo com a Netflix, vai ser uma situação interessante de se ver. Se a aposta for em lançar uma dezena de serviços individualizados (Marvel, Star Wars, Fox, etc.)... não me parece que venha a ter grande sucesso. Mas por outro lado, importa relembrar a importância de manter um mercado saudável onde exista concorrência competitiva. Pois se apenas dominar um serviço, qualquer que ele seja, será apenas uma questão de tempo até que os preços comecem a subir e a qualidade do serviço a diminuir.

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