segunda-feira, 18 de maio de 2015

Mad Max: Fury Road

Depois de algumas décadas, Mad Max está de regresso aos grandes ecrãs (literalmente, no caso de o poderem ir ver em IMAX 3D, que é o mais recomendado), e podem ficar sossegados aqueles que temiam que George Miller tivesse perdido o seu toque depois de anos a dedicar-se aos filmes de animação.

Em Mad Max: Fury Road, voltamos ao mundo pós-apocalíptico e selvagem a que Miller já nos tinha dirigido ao longo dos anteriores três filmes desta saga - filmes icónicos que ajudaram a tornar Mel Gibson na vedeta que hoje conhecemos. Desta vez, o protagonismo cabe a Tom Hardy no papel de "Mad" Max e, principalmente, a Charlize Theron no papel de Imperator Furiosa.

O filme, que muitos melhor têm descrito como sendo uma única "cena", é um verdadeiro espectáculo visual, e que tem a diferença de nos atirar para os velhos tempos "pré-efeitos digitais". Sim, há a ajuda do digital para tornar possíveis muitas cenas, mas temos o realismo duro e cru de que estamos a ver máquinas reais e pessoas reais a fazerem tudo aquilo que se está a ver, numa coreografia épica de destruição e combate motorizado... mas onde a violência está subtilmente camuflada, tornando este Mad Max num filme que não irá "chocar" com sangue a jorrar por todo o lado.


Há muitos aspectos que poderão deixar curiosos aqueles que forem ver este Fury Road pela primeira vez, mas que poderão ser "subentendidos" ao se pensar um pouco na evolução que levou a este mundo apocalíptico; e que quem viu os filmes anteriores já terá "atingido". Mas acaba por ser um pequeno preço a pagar (felizmente, não tivemos mais um filme que passa a primeira metade a explicar-nos como lá se chegou.)

A única crítica que se poderá fazer, é se este "Mad Max: Fury Road" não deveria ter sido afinal um "Imperator Furiosa: Fury Road". Uma vez que a sensação com que se fica é que Mad Max quase acaba por ser um "acessório" a tudo o que se passa (e que nos EUA já lhe tem valido acusações dos grupos anti-feministas, que dizem que o filme é uma afronta aos homens... really?)


O que sabemos é que George Miller demonstrou que as décadas não atenuaram a sua capacidade de fazer filmes apocalípticos, e com este Mad Max, passa a definir uma nova referência para todos os filmes que se aventurarem neste género cinematográfico.



1 comentário:

  1. Mas uma das primeiras imagens, no genérico temos a Theron e o Hardy a serem "apresentados" ao mesmo tempo!! Pode ser um pormenor mas acho que o MAX só mesmo no nome do filme leva a melhor sobre a Furiosa ;)

    De resto Carlos, o filme é TOP. A ver se passa este "hype" inicial mas estou desconfiado que este já não sai do meu top de filmes favoritos de... sempre. Que filmaço ;)

    ResponderEliminar

Related Posts with Thumbnails