O filme conta-nos a história de uma equipa de Navy Seals que se infiltra em território inimigo para tentar capturar ou liquidar um líder Taliban, mas onde as coisas rapidamente saem fora do planeado quando são descobertos por um grupo de pastores.
Embora seja evidente que um filme militar deste tipo "apele" ao patriotismo norte-americano, achei que esse aspecto nem sequer foi muito exacerbado (face, por exemplo, a outros filmes de guerra) - e mais do que louvar os Navy Seals pelos seus processos de treino "arrasadores", isso acaba por ser feito mais para mostrar o espírito de equipa e grupo que une estes soldados do que propriamente as suas capacidades sobre-humanas. Aliás, não faltam situações em que os "erros" dos norte-americanos mostram que a realidade é bem diferente do que se vê nos filmes - a começar pelas comunicações, onde este grupo de tropas especiais tem que recorrer a um vulgar telefone satélite comercial (e que mesmo assim funciona mal).
Se metade do filme se centra nas tropas americanas, a outra metade mostra-nos que estas situações de conflito são bastante mais complexas do que muitas vezes se prefere pensar, e que nem todos os que andam de "toalhas enroladas" na cabeça são automaticamente terroristas. Como fica demonstrado pelo facto de ter restado um sobrevivente para contar a história, e que apenas resistiu graças a um aldeão que fez valer a tradição milenar da sua tribo, de proteger e prestar auxílio aos seus hóspedes.
Um filme de guerra que poderá servir para nos dar uma pequena ideia dos horrores da guerra vistos do terreno, e quanto o resto do mundo - que se preocupa com os impostos a o facto da loja do lado ter um preço de um produto 5 cêntimos mais barato - parece fazer parte de uma dimensão completamente diferente.
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