Não é segredo nenhum que os operadores de televisão estão a cometer exactamente os mesmos erros que a indústria musical, ao "impingir" aquilo que muito bem entendem em vez de se focarem naquilo que os espectadores/clientes querem.
Kevin Spacey expõe a situação de forma bem clara, a propósito da série House of Cards, produzida pelo Netflix e que foi contra a tradição corrente nos EUA, de uma proposta de série primeiro ser acompanhada por um episódio piloto - e também pelo facto de ter sido lançada em season completa imediatamente disponível em vez dos tradicionais episódios semanais (e com uma pausa mid-season para maior frustração dos espectadores).
Segundo ele, o modelo do Netflix já demonstrou que o futuro é apenas um: dar total controlo aos espectadores: deixem que sejam eles a decidir o que querem ver, quando e como o querem ver, e em que dispositivos o querem fazer. Se alguém quiser fazer uma maratona e ver toda uma season no ecrã do seu iPad porque motivo não o poderá fazer?
... Talvez com um nome como Kevin Spacey a dizê-lo eles ouçam um pouco melhor... Esperemos que sim. E por cá, podíamos começar com os operadores a fazerem um reembolso na mensalidade por todos os canais que optássemos por remover do pacote que pagamos e que não temos qualquer intenção de ver.
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