sábado, 8 de março de 2008

Fantasporto Ganzado e com Nevoeiro

E deixo aqui as últimas "reviews" aos filmes de sexta e sábado.

Visitante de Invierno – Sérgio Esquenazi – 95 min - SOP - v. o. leg. port.
Ariel começa a ver coisas estranhas na casa ao lado, há muito tempo abandonada. Crianças vão para dentro da casa, mas nenhuma delas sai. Será que isso está realmente a acontecer? Ou é apenas um produto da mente perturbada de Ariel?
Até começou bem, e ia bem encaminhado... até que depois entrou numa de cenas editadas à pressa e coisas sem sentido e... pfff... deu para rir. Moral da história: se estás a fugir de um assassino, guia até Buenos Aires.


Room 205 – Martin Barnewitz – Din – 91 min - SOP - v. o. leg. port.
Katrine acabou de se mudar para a cidade para estudar. Na sua residência, acidentalmente, liberta um fantasma ressentido que quer vingar-se.
Mais um bom exemplo do cinema Dinamarquês que retorna ao tema dos fantasmas/espíritos/espelhos. Embora não traga nada de inovador ou original, concretiza bem aquilo a que se propôs.

One Missed Call – Eric Vallete – EUA, Jap, Ale – 87 min - SOP - v. o. leg. port.
Nesta nova versão americana do filme de horror japonês “Chakushin Ari” (2003), várias pessoas começam a receber voice-mails sobre o seu futuro – mensagens que incluem a data, hora e alguns dos pormenores sobre as suas mortes.
Uiiii!!! Novamente, o perfeito exemplo do que não se deve fazer num remake. É daqueles remakes que vai dar mau nome ao filme original: "Eh pá, já viste aquele filme foleiro 'One Missed Call'? - Não, que tal, vale a pena ver? - Não." Nem perdendo tempo com o original que vale bem a pena.
O One Missed Call (original) é um filme inovador e assustador, este remake americano é uma pálida representação que não assusta ninguém e que falha completamente.
Cada vez que um telemóvel tocava, era motivo de arrepios; no novo, é motivo de gargalhadas...

De início nem lhes perdoei terem mudado o famoso toque do telemóvel, mas no fim do filme até fiquei contente em não terem associado o "toque" a este filme tão fatela... Poupem uns euros e umas horas de vida, e vejam antes o original!


Já no sábado foi vez de:

The Mirror – Stephen Eckelberry – EUA – 90 min - SOP - v. o. leg. port.
Uma rapariga pensa que tem uma vida perfeitamente normal e feliz com a sua mãe, actriz, e um pai que a adora. Quanto os pais estão para fora, descobre que a sua casa guarda segredos obscuros.
O filme que trouxe o realizador, Kelly le Brock e Erin Cahill até ao Fantas. Infelizmente chegou tarde demais para ser incluido na competição. Um filme feito sem grande produção, e que vive essencialmente à custa dos actores - como deve ser.
Destaque para Erin Cahill, bastante simpática e que demonstra porque é uma das estrelas em ascenção no cinema norte-americano.


Reefer Madness, The Movie Musical – Andy Flickman – 112 min - SOP - v. o. leg. port.
Este filme conta a história do jovem Jimmy Harper cuja vida promissora se transforma numa vida de depravação e assassinato, graças à nova ameaça – a marijuana.




Uma paródia aos filmes de propaganda norte-americanos contra o consumo da marijuana. Absolutamente fabuloso e delirante, com a presença da Kristen Bell (a célebre Veronica Mars) a demonstrar os seus dotes vocais ao lado de Christian Campbell (irmão de Neve Campbell, que também entra neste filme) que ganhou um prémio pela sua interpretação neste filme. Também de mencionar o sempre excelente Alan Cumming.


Depois foi a vez do filme baseado na obra de Stephen King:

The Mist – Frank Darabont – EUA – 127 min -SOP - v. o. leg. port.
Uma tempestade descomunal liberta uma névoa cheia de criaturas sedentas de sangue numa pequena cidade. Um grupo de cidadãos, fechado no supermercado, tem de lutar para sobreviver. Do realizador de “The Shawshank Redemption” e “The Green Mile”.




Mais uma excelente adaptação das obras de Stephen King ao cinema - o que era de esperar de Frank Darabont, que já está bem familiarizado com o escritor. Embora não se possa dizer que esteja ao nível cinematográfico de um Shawshank ou Green Mile (são géneros completamente diferentes) leva-nos até ao Universo de King com as recorrentes personagens religiosas, e uma deconstrução da "racionalidade" humana quando confrontada com o inexplicável. Uma viagem de duas horas em luta pela sobrevivência, contra criaturas estranhas e o próprio medo humano.
Quando muito, peca por mostrar demasiado, cedo demais. Algo que retira algum do suspanse que se esperava de um filme deste género.
O fim, era previsível, mas não deixa de ter o impacto esperado.
É daqueles filmes que nos faz querer ler o livro, e está tudo dito. :)

Relembro ainda que Darabont está agora a tratar do remake de um dos mais icónicos filmes de sempre: o fantástico Fahrenheit 451 de François Truffaut baseado na novela de Ray Bradbury.

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