Talvez a maior surpresa do Fantasporto 2016 (até ao momento), temos este intrigante The Open de Marc Lahore - um filme que pela sua sinopse seria capaz de afastar a maioria dos espectadores: duas pessoas que jogam ténis imaginário sob o olhar atento de um treinador exigente... num mundo pós-apocalíptico.
Sim, tal como qualquer outra pessoa, sentei-me na cadeira do auditório do Rivoli a pensar se não teria feito melhor em aproveitar o meu tempo de outra forma... mas ainda bem que o fiz. Este The Open é um filme estranho, mas altamente recomendável.
Começamos por acompanhar a vida normal de uma tenista, em 4º lugar do ranking mundial, cujos preparativos para uma importante final são interrompidos pelo deflagrar de uma aparente guerra mundial... Retomamos o contacto meses mais tarde, quando ela e o seu treinador conseguem capturar um soldado, nas inóspitas e desertas "highlands", para que ela possa continuar a treinar para a "final". O pequeno pormenor é que já não têm bolas de ténis, e as próprias raquetes também já não têm cordas.
Sim, muito estranho mesmo... mas aos poucos, o capturado (e nós) lá se vai deixando contagiar pelo objectivo de treinar e chegar à final, mergulhando neste sonho que lhes permite escapar da realidade - mesmo quando a realidade também se vai tornando cada vez mais presente e inalienável.
Num mundo louco, a única forma de permanecer são será talvez mergulhar na própria loucura...
terça-feira, 1 de março de 2016
The Open
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