Depois das sequelas, prequelas e remakes, Ron Howard regressa aos ecrãs nacionais com um filme sobre uma das mais fascinantes histórias do mar. In the Heart of the Sea conta-nos a história por trás da história de Moby Dick, e de como um grupo de marinheiros desafiou a morte depois do seu navio ter sido afundado por uma baleia.
(Até custa acreditar que falamos do mesmo Ron Howard que nos anos 80 nos trouxe filmes como Cocoon, Splash, e Willow; mas é mesmo verdade.)
Infelizmente, a minha experiência do filme ficou completamente arruinada pelo que se passou na sua projecção - que me deixou meio filme a imaginar o que se estaria a passar; e o resto do filme em estado vegetativo a tentar digerir a explicação dada "pela gerência". Mas, pelo que lá se conseguia ver algures no pequeno quadrado projectado no meio da tela, o filme revela-se apenas mediano.
Sim, há muitas coisas engraçadas, como o facto de nos fazer recuar para uma época onde o óleo de baleia era a fonte de energia (e poder) no mundo; e de todos os sacrifícios que eram feitos em busca desse precioso bem. Mas depois, aspectos que nos deixam com curiosidade (como as conflitos entre o imediato e capitão) são simplesmente descartados como se nada fossem, mesmo após mais de um ano no mar. E a "profundidade" de cada um dos personagens acaba por ser inexistente... enquanto se tenta manter o equilíbrio entre o que levava estes homens a fazerem o que faziam... e a representação das baleias como criaturas que agora sabemos que devem ser preservadas.
Enfim... muita coisa que poderia ser explorada, mas que acaba por não o ser, resultando num filme que bem poderia ser visto numa tarde de domingo, num ecrã de televisão em casa onde a imagem provavelmente seria maior do que aquela que foi projectada na sala de cinema.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
In the Heart of the Sea
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