terça-feira, 22 de julho de 2014

Transcendence

Sendo fã assumido de ficção, não deixei que as más críticas a Transcendence me demovessem. Um filme sobre a chamada "singularity" - o ponto em que a inteligência artificial superará (e de forma cada vez mais acelerada) a capacidade intelectual humana.

Tratando-se do filme de estreia como realizador de Walter Pfister (que já trabalhou em filmes como The Dark Knight e Inception como director de fotografia), já seria de esperar que se desse algum "desconto" quanto a possíveis erros. E neste caso, penso que a opção de usar actores bem conhecidos, como Johnny Depp, Rebecca Hall, e Paul Bettany, acabou por funcionar "contra" o filme.

Johnny Depp é um cientista pioneiro no campo da inteligência artificial, que depois de ser ferido mortalmente por um grupo "anti-tecnologia", tem como última hipótese de sobrevivência passar o seu cérebro/consciência para o computador.

Mas depressa a sua capacidade acrescida de raciocínio digital começa a expandir-se, tornado possíveis coisas "impossíveis"... e começando a criar dúvidas quanto a poder estar a ir "longe demais".

A premissa é interessante e daria pano para mangas, mas no filme acaba por ser tratada de forma nada aprofundada e acelerada, como se o interesse fosse apenas chegar às cenas de acção, quando o próprio governo é chamado a intervir para lidar com esta "ameaça".

Como filme de ficção, deverá sempre ser visto. Mas infelizmente, não é filme do qual se saia com a satisfação de ter visto um "grande filme", nem que tão pouco nos faz querer pensar no assunto. Esperava algo bastante melhor.

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