sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Gravity

Um filme sobre um astronauta que fica perdido em órbita seria algo que até há pouco tempo poderia parecer uma loucura (embora não faltem exemplos de filmes que não deixam que isso os impeça de serem produzidos) mas para Alfonso Cuarón essa era uma ideia que há muito tinha na sua cabeça... e que finalmente a magia dos efeitos digitais permitia concretizar da forma como o imaginava... e o resultado é Gravity.

Embora seja um filme onde muitas centenas de pessoas terão trabalhado, por outro lado é daqueles filmes onde o eleco se resume a uma mão cheia de pessoas - e onde alguns nem sequer aparecem (como é o caso de Ed Harris, que apenas empresta a sua voz). No ecrã temos essencialmente e apenas Sandra Bullock e George Clooney, no papel de dois astronautas que em breve se verão na ingrata situação de ficarem abandonados no espaço quando uma tempestade de destroços destrói completamente o seu Space Shuttle.

Resta-lhes tentar chegar à estação espacial internacional para tentarem apanhar uma "boleia" de regresso à Terra, mas o problema é que os destroços que destruíram a sua nave continuam a circular o planeta e a fazer estragos...

Não há que enganar... Gravity é um dos filmes visualmente mais espectaculares de todos os tempos - e daqueles que nos faz ter vontade de telefonar para a ZON Lusomundo a perguntar porque é que ainda não temos uma sala IMAX no Porto. :P Só a cena inicial são mais de 10 minutos de filmagem contínua sem interrupções e transporta-nos imediatamente para o espaço... e mesmo sabendo que o "desastre" está para acontecer, é impossível não ficar hipnotizado (e surpreendido) por ele quando efectivamente chega.

E sem querer entrar em mais detalhes... ide ver! É obrigatório!



!!!SPOILERS AHEAD!!!

Pondo de lado o pressuposto de que é um filme que adorei - confesso que estava à espera que o filme acabasse "mal". Não gostei muito que Sandra Bullock conseguisse regressar à Terra (e ainda estava com esperança que depois morresse com uma "morte estúpida", como o afogamento ao ter caído na água).

Mas logo de seguida revela-se a verdadeira mensagem do filme, com uma sequência que imediatamente nos remete para todos os documentários sobre a evolução da vida na Terra, com os primeiros animais a arrastarem-se para fora da água... e eventualmente a darem o primeiro passo. Uma cena que funciona como um renascimento ou talvez uma re-evolução para uma nova etapa da humanidade, uma humanidade melhor e mais humana que a actual. Enfim... um final para cada um pensar e decifrar como bem entender, como se pretende num bom filme!

E agora... deixem-me ir, que estou com vontade de o (re)ver novamente! :)


1 comentário:

  1. Gravity é dos pouquíssimos filmes de "90 minutos" que merece ser visto no grande ecrã!

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