quarta-feira, 25 de setembro de 2013

After Earth

É caso para dizer: ai Shyamalan, Shyamalan... mas que raio andas tu a fazer? After Earth é um filme que tem todos os ingredientes necessários para que fosse um dos meus favoritos: população da Terra a ter que abandonar o planeta; tecnologia futurista; regresso a uma Terra abandonada por milhares de anos; extra-terrestres violentos. Não falta sequer uma vedeta de Hollywood - Will Smith, que parece querer ter feito deste filme uma memória familiar, com o seu filho a fazer... de seu filho, e que acaba por ocupar o lugar de protagonista.

E é precisamente por aí que o filme começa a falhar. Jaden Smith pode ser um bom moço, e até pode vir a ser uma grande estrela de Hollywood... mas por agora, seria um enorme favor manterem o rapaz longe das câmaras. Nem mesmo a contracenar com o pai, que aqui interpreta um impenetrável capitão destemido e aparentemente desprovido de emoções, o moço se safa.

A história: há uns bicahorocos extra-terrestres que são capazes de cheirar o nosso "medo" por intermédio das feromonas, e os heróis são aqueles que são capazes de não ter medo e ficam "invisíveis" para os bichos. A família do nosso herói tem traumas devido a um ataque que matou a filha; e o pequenito tem feito tudo por tudo para se tornar um "ranger" e seguir as pisadas do seu pai. Para se aproximar do seu filho, o nosso capitão leva-o numa das suas missões, mas pelo meio há um acidente que vai fazer com que a nave se despenhe na Terra - planeta de acesso interdito - deixando o nosso jovem herói com a tarefa de chegar à secção traseira da nave que se separou durante a queda, para poder pedir ajuda; ao mesmo tempo que tem que enfrentar as dificuldades que vão surgindo e também um dos monstros extra-terrestres que estava a ser transportado e se libertou com a queda.


Há muitas coisas bem apanhadas a nível do panorama tecnológico que foi criado, com estruturas muito orgânicas e materiais futuristas. Nesse aspecto a coisa muito bem conseguida... mas tanto a nível da escolha do protagonista como da própria história... há que dar um gigantesco desconto para "engolir" tudo aquilo que vai ocorrendo.

Mesmo não sendo daquelas pessoas que gosta de salientar o óbvio e dou grande margem de manobra aos filmes: expliquem-me lá... como é possível que com tanta tecnologia, ninguém se tenha lembrado de simplesmente usar um fato hermético para combater os "monstros"!?! Se eles nos "viam" pelo cheiro, era só impedir que nos cheirassem - se calhar até bastava usar um roll-on desodorizante!. :P

Pronto... mas se gostam de sci-fi, espreitem o filme. Mas dá pena ver tanto potencial desperdiçado... e mais ainda ao saber que tínhamos um tal de M. Night Shyamlan atrás das câmaras.



2 comentários:

  1. o rapaz indiano é fã do Hitchcock e gosta aparecer uma vez o outra à frente das Câmaras.

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  2. Ehehe, eu cá achei no mínimo esquisita a nave no interior que mais parecia uma cabana "indiana".

    Existe uma cena em que estão cerca de 4 ou 5 tripulantes a dormir e o pai diz para o filho vê se descansas.... e às cadeiras têm um aspecto daqueles desconfortáveis que me parece perfeitamente ridículo numa nave feita para viajar no "espaço" ;)

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