quarta-feira, 31 de julho de 2013

Oblivion

Não se pode dizer que Joseph Kosinski tenha começado mal ao sentar-se na cadeira de realizador pela primeira vez para nos trazer o remake de Tron. Desta vez o trabalho era mais simples, não por ser algo novo e sem o "fantasma" de um filme anterior... como também por ser uma história baseada numa sua própria graphic novel (por publicar). Refiro-me a Oblivion, um filme que volta a contar com grandes nomes de Hollywood, como Tom Cruise e Morgan Freeman, sem esquecer as caras bonitas de Olga Kurylenko e Andrea Riseborough.

Começamos com um casal num posto futurista sobre o nosso planeta destroçado após uma guerra com uma raça alienígena que destruiu a nossa lua, fazendo com que a raça humana terá procurado refúgio em Titan. Cabe-lhes a eles proteger dos "scavs" a maquinaria que está a armazenar energia usando o que resta dos oceanos. Com o fim da sua missão a poucas semanas de distância, Jack (Tom Cruise) continua a ter alguns sonhos e memórias estranhas - mesmo tendo sido sujeito a um apagar das memórias cinco anos antes por motivos de segurança.

Obviamente que rapidamente nos apercebemos que as coisas não são o que parecem, e que algo de muito estranho se passa quando os "scavs" ficam empenhados em capturá-lo.

A história é bastante previsível mas capaz de entreter os fãs da ficção científica pós-apocalíptica (eu!) A única coisa que, para mim, estraga um pouco o filme acaba por ser um acontecimento central para toda a história e que é absolutamente e ridiculamente descabido. Spoilers ahead: a certa altura uma nave americana despenha-se nas coordenadas enviadas pelos scavs. Ora... vamos lá ver: como é que uma raça alien super avançada permitia que uma nave terrestre andasse ali pelo espaço durante décadas; como é que, despenhando-se de órbita os seus ocupantes permaneciam vivos (ok, aqui dou alguma tolerância por estarem nos "pods" - mas ainda assim, deveriam ter-se desintegrado na queda); e por último, porque é que no meio de tudo aquilo, o único que sobrevive é precisamente a pessoa de quem jack tinha memórias? É mesmo esticar as possibilidades ao limite... mas pronto, não é por isso que o filme deixa de ser engraçado.

Junte-se a tudo isto umas paisagens fantásticas (Islândia) e efeitos especiais de topo... e temos um filme obrigatório para ficar na colecção de filmes de scifi de qualquer fã que se preze. Uma única nota final: por razões monetárias, mesmo tendo sido filmado em resolução 4K, o filme acabou por ser distribuído em 2K (contra a vontade do realizador). Seria de imaginar que hoje em dia o peso dos pixeis já não se fizesse sentir... mas aparentemente ainda há quem ache que o cinema merece apenas uma resolução quase igual ao FullHD.

Por este andar vamos ter melhor qualidade nas nossas salas em casa do que nos ecrãs gigantes do cinema.

3 comentários:

  1. Realmente existiu muito pouco cuidado nessa cena onde surge a Julia. O estranho mesmo é quando os drones começam a destruir as pods e só escapa a da julia que por coincidência é aquela que o Jack escolhe para se aproximar!!!

    Mas fora isto o filme esta impecável (bubble-ship) e até acho que pode tornar-se em algo mais futuramente ;)

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  2. De facto também achei que essa parte da história (e outras menos relevantes) foi mesmo muito mal pensada e totalmente descabida, sendo que essa cena deveria ter sido mais cuidada pois é uma cena quase "central" para o enredo do filme.
    Contudo, no geral o filme foi bastante bom!!!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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