Zero Dark Thirty, o filme de Kathryn Bigelow que conquistou a América e que contava com várias nomeações para os Oscars - incluindo o de melhor filme e melhor actriz. De certa forma é fácil perceber-se o fascínio que rodeia este filme, que aborda os muitos anos de perseguição ao inimigo número um dos EUA: Osama Bin Laden; e que termina com a sua morte (espero não seja necessário relembrar que não é "spoiler" contar o final deste filme! ;P
No entanto, não posso dizer que faça parte da maioria... Não consegui ver neste filme nada que o fizesse merecer o destaque ou mediatismo de que foi alvo. Para filme sobre "aventuras secretas" dos EUA, muito melhor penso estar o Argo.
Aqui temos a questão da tortura, e que na verdade apenas serve para demonstrar que quando toca à "guerra/terrorismo", os EUA são afinal... iguais a todos os outros países que recorrem a essas tácticas - e que ainda por cima aqui parecem querer validar os resultados obtidos sob tortura; quando na realidade se sabe que alguém sob tortura será bem capaz de dizer tudo aquilo que os seus interrogadores quiserem ouvir.
Melhorzito (para os fãs da "acção") está a parte final, dedicada à recriação da operação responsável pela morte de Bin Laden.
No final... uma estranha sensação de que Bin Laden apenas está morto graças a uma agente da CIA mais teimosa que os outros agentes (e aparentemente sem vida própria).
Agora é só imaginarmos o que seria possível fazer-se caso a raça humana tivesse um pouco de juízo, e direccionasse os milhares de milhões de dólares que anualmente gasta em armas e material bélico para fins mais produtivos, como o promover um mundo mais justo para todos, em vez de apenas se preocuparem com alguns poucos países que tenham a sorte (ou o azar) de ter recursos cobiçados.
quarta-feira, 13 de março de 2013
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