Em Skyfall estamos perante um verdadeiro filme à 007. Isto é, o filme segue a fórmula habitual e mais que testada desta série, com uma entrada cheia de acção para abrir o apetite, os créditos iniciais cheio de curvas sensuais e repleto de elementos que servem de "preview" ao que irá acontecer... e tudo o mais.
E tudo isto para dizer que... Skyfall é um grande filme! Provavelmente o melhor desta última temporada com Daniel Craig como 007.
Desta vez, um misterioso vilão (Javier Bardem) consegue obter uma lista de todos os agentes infiltrados do MI6, e caberá a James Bond - que tinha sido dado como morto, e ainda bastante debilitado e em processo de recuperação, regressar ao activo para tentar impedi-lo.
É "refrescante" ver que desta vez não temos um vilão a querer dominar o mundo, mas simplesmente alguém movido por um desejo de vingança profundamente pessoal. E, é também muito bem encaixado todo o tema do sangue fresco versus a "velha guarda", e que tudo tem que se ir alterando... com muitas e devidas homenagens a anteriores filmes "clássicos" do 007. (Não pude deixar de gargalhar quando a certa altura aparece um: "Doctor?... No." :) Pelo meio (ou melhor dizendo, pelo final), ficamos também a conhecer um pouco mais do passado misterioso e das origens de James Bond.
Por falar em conhecer melhor, ficamos também a conhecer algumas caras que regressarão sem dúvida nos próximos filme: o novo Q, o novo M, e - facilmente dedutível desde cedo - a Miss Moneypenny.
Continuo a dizer que os recentes filmes de 007 têm subaproveitado o personagem do Q. Desta vez não é o caso, e o novo Q tem tempo de antena suficiente e com personalidade q.b. ... se bem que, continuam a faltar um pouco mais dos "gadgets" a que estávamos habituados.
Em suma... Sam Mendes conseguiu fazer deste Skyfall um autêntico reboot à saga 007 sem ter necessitado de apregoar isso aos sete ventos como muitos outros fazem. James Bond pode ter sido massacrado, ferido, e até morto... mas chega ao final deste Skyfall completamente rejuvenescido e pronto para enfrentar os próximos 50 anos.
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