terça-feira, 16 de outubro de 2012

Looper

Finalmente chegou às salas nacionais um dos filmes que mais curiosidade me causava: Looper.

Filmes com viagens no tempo são sempre complicados... e que normalmente o conseguem fazer: ou de forma bastante boa... ou bastante má.

Em Looper, escrito e realizado por Rian Johnson (The Brothers Bloom), estamos perante um futuro onde, embora as viagens no tempo ainda não tenham sido inventadas, são usados os "Loopers", assassinos com a missão de matar vítimas enviadas de algumas décadas mais, num futuro onde as viagens no tempo foram inventadas mas imediatamente ilegalizadas - e onde aparentemente é impossível assassinar e fazer desaparecer alguém, devido à tecnologia existente.

Para garantir que não ficam "pontas soltas", eventualmente é enviado para abate o próprio looper, em que a sua versão mais nova se elimina a si próprio na sua versão 30 anos mais velha.

A nossa dupla principal de loopers cabe a Joseph Gordon-Levitt, com a sua versão envelhecida a ser interpretada por Bruce Willis. E como sempre... as coisas não correm como planeadas, já que a versão "velha" fica à solta, e com vontade de alterar o futuro de forma a conseguir salvar a sua esposa no futuro, que foi assassinada quando o foram buscar (vamos ignorar por um bocado as implicações disso, já que se tinham morto a mulher dele, também o poderiam muito bem morto a ele, não?)

Mas pronto, tirando este (e outros) pequenos detalhes, o que é certo é que a história aborda temas muito interessantes. É que ao mesmo tempo que a versão futura tenta alterar o passado, vai alterando também o seu próprio percurso, o que faz com que o "seu" futuro se vá também alterando.

Temos também a recorrente questão: o que fariam se voltassem atrás no tempo, até uma altura em que Hitler fosse uma "inocente" criança, sabendo o que ele viria a fazer quando fosse adulto?

Essas dualidade causa e efeito, e os ciclos aparentemente viciosos que não se conseguem quebrar são aqui explorados (embora não de forma muito aprofundada... também não querem causar demasiadas dores de cabeça; coisa que o próprio personagem diz, com bastante intensidade! :)

Em suma, um bom filme, com uma boa combinação dos ingredientes necessário: boa história, boas intepretações, boas "coreografias" na acção, boa produção. E mete viagens no tempo! Que mais será preciso dizer? :)

1 comentário:

  1. Fiquei desiludido com este... se não fosse o puto "que é genial" este seria um dos piores do ano.

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