Não é fácil atrever-se a pegar num clássico para fazer um remake, mas Len Wiseman decidiu pegar no clássico de Paul Verhoeven de 1990, trocar o icónico Arnold Schwarzenegger por um Colin Farrell e a Sharon Stone pela sua esposa Kate Beckinsale, e aventurar-se neste novo Total Recall.
Felizmente, não se trata de um remake "directo" do anterior, mas sim de outra adaptação da história "We Can Remember It For You Wholesale" de Philip K.Dick. (Em abono da verdade, nenhum dos filmes segue a história "à risca"... portanto, nesse campo, temos empate técnico).
Desta vez a acção não se passa em Marte mas sim na Terra, que agora está praticamente inabitável com excepção de duas áreas: a Europa - dominada por uma federação britânica de privilegiados - e a Austrália, povoada pela classe social mais baixa e trabalhadora.
Os trabalhadores deslocam-se todos os dias para o outro lado do planeta, usando um "elevador" que atravessa o planeta em pouco mais de 15 minutos.
E assim fica dado o mote para esta aventura com memórias falsas e implantadas, perseguições em cenários futuristas e uma grande promessa de entretenimento que... lamentavelmente nunca chega a "satisfazer".
Sim, sou fã deste tipo de filmes, e não me importo de passar 2h a olhar para cenas de acção e efeitos especiais. Mas... o que é certo é que não é isso que faz com que passadas algumas décadas ele ainda permaneça nas nossas memórias.
Este novo Total Recall tem todos os ingredientes necessários: uma boa história de base; uma Kate Beckinsale e uma Jessica Biel; mas... por vezes dei comigo a pensar se não estaria a assistir a uma reciclagem do "I Robot" misturado com cheirinho de Blade Runner, e mais alguns outros filmes à mistura (os lens flare à Star Trek de J.J.Abrams também era perfeitamente dispensáveis).
E o facto de Len Wiseman voltar a recorrer a actores que já bem conhece (Underworld) também não ajuda a descolar-se dessa mesma sensação de "reciclagem".
Conclusão... dá para ver, mas... esperava-se bastante mais para uma produção desta magnitude.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
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Dá pra ver é a melhor definição para mais um filme que não precisava ser (re)feito. À espera do "Juiz Dredd"...
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