Chega finalmente às salas de cinema o capítulo final da trilogia Dark Knight, reimaginada por Christopher Nolan (e pelo seu irmão Jonathan Nolan) de The Dark Knight Rises.
Um filme que ganhou mediatismo extra devido às acções de mais um anormal que decidiu que seria bom ter os seus 5 minutos de fama disparando indiscriminadamente sobre os espectadores numa das sessões de estreia deste filme nos EUA.
Deixem-me já tirar uma coisa do caminho: não, este Dark Knight Rises não é nenhuma obra prima - nem tão pouco penso que será o melhor dos 3 filmes - mas, a verdade é que isso pouca importa, pois continuará a ser um excelente filme para todos os que gostaram dos seus antecessores.
O "problema" do filme é que tenta fazer muito. Demais para que até a sua longa duração de mais de 2h30 sejam suficientes - ou dito de outra forma: se fosse Peter Jackson a fazer este TDKR, teria feito uma trilogia *só* deste filme.
Não me entendam mal, eu até sou completamente a favor dos filmes complexos que façam os espectadores pensar - mas aqui nem é questão de fazer pensar, mas sim... ter mesmo coisas a mais a acontecer.
Neste Dark Knight Rises, a acção passas-se 8 anos após o final do filme anterior, com Batman a ser considerado o assassino de Harvey Dent e Bruce Wayne a viver em reclusão na sua mansão, longe do olhar das pessoas de Gotham. No entanto, uma nova ameça surge: Bane. Um poderoso inimigo com uma legião de seguidores que não hesitam em obedecer às suas ordens, e que tem por missão subverter todo o funcionamento da sociedade, e destruir Gotham.
Batman é assim forçado a regressar ao activo, com um excesso de confiança que o irá atraiçoar; e assim possibiltiar o posterior ressurgir que se depreende do "Rises" que vemos no título...
Há muitos bons momentos que surgem no ecrã, e que nos fazem pensar em tudo o que poderia ter sido bem mais explorado: do "fanatismo cego" dos combatentes de Bane; da faísca que pode subverter as regras da sociedade, virando as classes mais desfavoricedias contra a minoria de priveligiados que parece viver num mundo à parte (e que tanto em voga está nestes momentos de crise financeira mundial); e também o de que todos nós podemos fazer a diferença... não só "podemos", como na verdade "devemos".
Mas, tudo isso acaba por sair bastante diluído, por tanta coisa estar a acontecer, e tantos demónios se estarem a combater ao mesmo tempo.
Se isso estraga o filme? Claro que não: continua a ser um excelente filme de super-heróis, recomendado para todos os que gostem do nosso cavaleiro das trevas, e que nos faz sair do cinema com a sensação de "dinheiro do bilhete bem gasto".
***SPOILER***
Também interessante, o paralelo que se pode encontrar no final do filme: com um "salvador" que sacrifica a sua vida para salvar a humanidade... e que depois misteriosamente retorna...
***SPOILER END***
E, ou não se tratasse de um filme de Hollywood... o filme despede-se com um piscar de olhos a um possível spin-off, com o sidekick de Batman... :)
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
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E a mota? E a mota? Não falaste da mota :)
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