Arthur C. Clarke R.I.P.

Arthur C. Clarke, o visionário responsável pela ideia de usar satélites em órbita geo-estacionária (chamada cintura de Clarke em sua honra) e conceitos como o elevador orbital (que possivelmente se tornarão realidade nos próximos séculos) morreu ontem, com a idade de 90 anos.

É uma tristeza... era uma daquelas poucas pessoas que eu ainda tinha a ténue esperança de poder vir a conhecer pessoalmente um dia.

Desde o incontornável 2001 - Uma Odisseia no Espaço - que muitos se parecem esquecer ter sido escrita em 1968, antes sequer do Homem ter posto o pé na Lua - até aos novos projectos que apontavam a passagem de Rama para o grande ecrã, resta-nos o consolo de saber que milhões de pessoas por todo o mundo irão mantê-lo vivo através das suas ideias, dos seus livros, e da sua memória.

Arthur C. Clarke: 16 Dezembro 1917 - 18 Março 2008

Deixo-vos aqui algumas das suas frases mais memoráveis:

Existe um simbolismo optmista no facto de que as bandeiras não ondulam no vácuuo.

Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia.
Arthur C. Clarke, "Profiles of The Future", 1961 (Clarke's third law)

A única maneira de descobrir os limites do possível é ir mais além, para o impossível.
Arthur C. Clarke, "Technology and the Future" (Clarke's second law)

Com o actual avanço do progresso, é quase impossível imaginar algum feito tecnológico que não possa ser atingido - se é que pode ser atingido - nos próximos séculos.

Tenho a certeza de que não teríamos tido Homens na Lua se não fosse por Wells e Verne e as pessoas que escreveram sobre isso e fizeram as pessoas pensar nisso. Tenho o orgulho de conhecer vários astronautas que se tornaram astronautas por terem lido os meus livros.

Quando um conceituado mas idoso cientista declara que alguma coisa é possível, é quase garantido que esteja certo. Quando diz que algo é impossível, é muito provável que esteja errado. (Clarke's first law )

Há um século atrás, o telégrafo eléctrico tornou possível - aliás, inevitável - a criação dos Estados Unidos da América. Os satélites de comunicação farão com que seja igualmente inevitável a criação das Nações Unidas da Terra; esperemos apenas que o periodo de transição não seja igualmente sangrento.