Os filmes em Technicolor atraíram gerações de pessoas aos cinemas, para verem filmes com cores vívidas - mas o sistema era extremamente complexo e dispendioso.
Os fãs de cinema que espreitarem filmes das décadas de 1930 a 1950 irão inevitavelmente deparar-se com filmes que orgulhosamente exibem ter sido filmados em sistema "Technicolor". E se ainda hoje nos podem maravilhar com as suas cores, facilmente se pode imaginar como teria sido numa altura em que ainda se lidava com a televisão a preto e branco.
O sistema Technicolor é engenhoso e consistia na utilização de múltiplas películas para captar as imagens a cores em negativos monocromáticos. Usando-se um prisma, ficava-se com um negativo para cada componente de cor, que depois eram combinadas na película final.
Curiosamente, no seu processo inicial eram usados apenas duas imagens (para componente vermelha e verde), o que permitia projectar filmes a cores mas não com todas as cores. Mas com a evolução do sistema, por altura do processo 3 os problemas tinham sido resolvidos e ficávamos com a capacidade de ter todas as cores. Mas isto era algo que desde logo implicava um grande investimento, pois todo o gasto em película era a triplicar, e a câmara Technicolor tinha dimensões gigantescas que também obrigava a cuidadoso planeamento do seu posicionamento e movimentação.
O sistema Technicolor acabou por cair em desuso à medida que outras empresas, como a Eastman Kodak, desenvolveram negativos a cores (resultando no sistema Eastmancolor) que evitavam toda a complexidade do sistema de negativos triplos. E hoje em dia, já nem sequer é necessária a película em si, pois estamos numa era em que tudo pode ser feito digitalmente. Ainda assim, há que apreciar todo o esforço investido nestes avanços tecnológicos, que proporcionaram a criação de filmes coloridos como o Wizard of Oz (Feiticeiro de Oz), Gone with the Wind (E Tudo o Vento Levou), e o clássico de animação da Disney, Snow White and the Seven Dwarfs (Branca de Neve e os Sete Anões).
sábado, 5 de agosto de 2023
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