Depois do tempo áureo, os serviços de streaming entram em fase de austeridade cancelado centenas de séries e projectos.
Nos últimos anos as coisas pareciam ter potencial ilimitado para os serviços de streaming, apostando em centenas de novas séries e produzindo filmes que roubavam protagonismo a Hollywood e alguns dos seus maiores galardões. No entanto, nada dura para sempre, e depois do pico chega uma vertiginosa espiral descendente em que a ordem é para reduzir nos custos, cortando tudo o que for possível.
As primeiras baixas são centenas de novas séries, tanto renovações como novos projectos, e onde nem sequer ter um nome sonante é garantia de salvaguarda - que o diga J.J. Abrams, que viu os planos para a sua nova série Demimonde serem cancelados pela HBO Max, devido a ter um orçamento "excessivo".
Enquanto os serviços de streaming garantem que esta reestruturação se foca em reduzir a quantidade para se focarem na qualidade, o grande receio é que isto resulte exactamente no oposto, levando os serviços de streaming a fazer aquilo que já aconteceu nos canais de TV tradicionais, apostando nos reality shows que permitem gerar conteúdos continuados por valores ridiculamente reduzidos... mas onde a qualidade raramente é critério primordial.
A vantagem, nesta fase, poderá ir para serviços como a Disney, Apple e Amazon, que têm fontes de rendimento diversificadas e que poderão manter algumas produções mais ambiciosas, face a serviços como a Netflix que está exclusivamente dependente do streaming. Veremos que tal as coisas estão daqui por um par de anos.
terça-feira, 5 de julho de 2022
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