terça-feira, 14 de abril de 2020

Bloodshot


Bloodshot traz-nos mais um filme de acção baseado em comics, com Vin Diesel como protagonista no tipo de papel que lhe assenta como uma luva: um sensível mas enfurecido super-soldado em busca de vingança.

Não conheço a banda desenhada que lhe deu origem, mas infelizmente não é nada que se possa dizer que é original, em muitos pontos fazendo relembrar muitas outras histórias estilo Robocop - mas aqui em versão "nanotecnológica". Depois de ter morrido, Ray Garrison (Vin Diesel) descobre que foi ressuscitado por uma empresa tecnológica especializada em reconstruir corpos de soldados, e que no seu caso recorreu à mais avançada tecnologia de injectar nano-robots no seu sangue que são capazes de reconstruir o seu corpo de forma quase instantânea sempre que sofre qualquer tipo de danos.

Depressa se descobre que isso inclui também a capacidade de manipular as suas memórias, e que a empresa o tem usado para eliminar pessoas indesejadas, inserindo-as nas suas memórias, uma após a outra, como sendo as assassinas da sua esposa.

Não é material super-original, mas seria suficiente para nos dar um bom filme de acção, potencialmente com espaço para se tornar numa nova "franchise" com múltiplos filmes a dar-lhe seguimento. Infelizmente, a execução é completamente atroz, sem criar qualquer tipo de empatia com os personagens, nem qualquer nível de preocupação com a sua segurança durante os combates. E também não ajudará que alguns dos melhores momentos em termos visuais já tivesse sido revelados até à exaustão nos trailers.

O que sobra é, por isso, apenas um filme que nos remete para os filmes de acção de série B dos antigos videoclubes... apenas com efeitos melhorados.


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