quarta-feira, 24 de abril de 2019

The Silence


Já sabemos que quando um filme faz sucesso há a tendência de outros seguirem a mesma fórmula, e mesmo que isso tenha acontecido por acidente, é precisamente o que acontece com este The Silence da Netflix.

Em The Silence estamos num mundo invadido por criaturas que foram libertadas por acidente de uma caverna, e que são atraídas pelo som - algo muito próximo do que temos no A Quiet Place, mas trocando a "qualidade" pela "quantidade" (aqui não temos criaturas quase indestrutíveis, mas que se tornam uma ameaça pela sua quantidade). Para além das semelhanças com A Quiet Place, também não se pode dizer que o facto do filme contar com Kiernan Shipka, Miranda Otto actue como uma distracção - para quem as tiver habituado a ver contracenando na série Sabrina.

A história acompanha a família de uma jovem que ficou surda, e que tenta encontrar um refúgio para escapar a estas criaturas; e que depois de passar pelos clichés do costume, passa por também previsível confronto com um descabido (mini) culto religioso. Infelizmente, o filme começa por mostrar as suas falhas logo desde o início, apresentando a jovem surda como sendo alguém capaz de enfrentar esta ameaça por estar habituada a viver sem ouvir... o que revela uma completa inversão de lógica! Alguém que seja surdo estará na pior posição possível para lidar com estas criaturas, já que não saberá se está a fazer barulho! E se o filme começa assim, já se pode imaginar que as coisas não melhorem no decorrer do mesmo.

Acaba por ser um bom filme de "domingo", dispostos a deixar passar todas as incongruências, e onde por vezes surgem uns momentos originais (usar telemóveis como "bombas sonoras"). De resto, qualquer tentativa de comparação com o A Quiet Place deverá ser respondida com... total silêncio. :P


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