Em 2014, Antoine Fuqua surpreendeu-nos ao recuperar uma velha série de TV - The Equalizer - para um filme que assentava perfeitamente no seu estilo de criação de ambientes "de cortar à faca", com Denzel Washington a interpretar um verdadeiro "super-herói" vingador, capaz de fazer o que fosse preciso para repor a justiça. Quatro anos mais tarde, temos esta dupla de regresso para mais uma dose com este The Equalizer 2.
Antes de ver o The Equalizer 2 fiz questão de rever o primeiro filme, e fique agradado por ver que o filme se mantinha tão bom quanto as memórias que tinha dele. É um filme que realmente nos deixa com vontade de ver mais deste personagem (estará na altura de um reboot da série de TV?) e por isso as expectativas eram elevadas.
Desta vez as coisas tornam-se mais complicadas para Robert McCall, pois em vez de ter que lidar com simples criminosos e situações do seu dia a dia, vê-se arrastado para uma luta onde os seus inimigos são pessoas que têm o mesmo tipo de treino. Ainda assim, e na habitual tradição desta saga, é algo que vai sendo superado sem grandes dificuldades, estando sempre tudo sob controlo.
Ainda assim, não há como ignorar o facto de que o filme recorre a uma reviravolta que seria desnecessária e se torna num cliché habitual; e de que a cena mais tensa do filme (do assassinato de um agente em sua casa) nos deixa na expectativa de que algo ainda melhor/pior venha a acontecer mais tarde no filme... algo que acaba por nunca acontecer. É pena, pois seriam cenas desse tipo que tornariam o filme memorável e que são imagem de marca dos filmes de Fuqua; e neste caso acaba por ser um mero aperitivo que depois nunca é concretizado.
Ainda assim é um filme que será do agrado de todos os que gostaram do primeiro filme... e pensem lá em readaptar isto para série (afinal, se temos o Shooter, muito mais sentido faria ter o The Equalizer).
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