terça-feira, 20 de março de 2018

Higher Power redefine os filmes de baixo orçamento


Depois de ter trabalho nos efeitos visuais em filmes como X-Men, Wolverine, Hulk e Fantastic Four, Matthew Santoro passa para a cadeira de realizador para nos trazer este Higher Power.

Uma onda de radiação a caminho da Terra irá dizimar toda a vida no planeta, e a única esperança poderá estar nas mãos de uma pessoa comum que descobre ter super-poderes que vão ficando cada vez mais potentes e que o vão transformando em algo que se vai aproximando de um deus.

Não seria propriamente uma novidade... mas neste caso temos a particularidade deste filme ter custado apenas 500 mil dólares a fazer - uma verdadeira pechincha nos escalões de Hollywood - mas ter uma produção que nada fica a dever aos filmes com orçamentos muito superiores. Embora se tenha que considerar que Santoro tirou partido da sua especialidade em efeitos visuais para fazer ele mesmo os efeitos (alguns dos quais não escondem as influências dos filmes em que já trabalhou).

No mínimo, servirá para redefinir o tipo de filme que se pode fazer de forma independente... :)

1 comentário:

  1. ATENÇÃO! PODE CONTER SPOILERS!
    Ao assistir esse filme eu tive impressões diversas. O ator principal, Ron Eldard é um tanto limitado, mas para o que a trama mostra no fim, isso torna-se irrelevante. High power merece um livro ou uma série de tv. Ele acontece muito rápido, sem tantas explicações sobre a tecnologia usada, sobre o misterioso interlocutor que acaba se apresentando no final como um tipo de salvador pouco ortodoxo, sobre o rompimento familiar de Joe.
    Tive uma ideia do que aconteceu no final da trama depois de recordar a frase que o namorado de Zoe leu de um livro de medicina na biblioteca:_"Apoptose- ou morte celular programada"_ Um tipo de suicídio ou sacrifício em prol do corpo inteiro quando esse é ameaçado por alguma doença virótica ou câncer.
    A sensação que tive foi que o cientista e seu "colaborador" sabiam que somente Joe e seu sacrifício salvariam a terra do fim eminente. Curiosamente, a raiva, a fúria do protagonista é o combustível para desencadear o evento cósmico, mas o amor tenta servir de mediador de tanto poder.
    O final do filme é uma viagem alucinante, a terra não é mais o planeta dos seres humanos, mas o corpo dessa nova divindade que só deseja uma coisa... Cumprir a promessa que fez no leito de morte da esposa amada e como um homem mortal e limitado, não teria força para tal feito.
    Muitos não gostaram da mistura mística, ficção fantástica e ação à la X-men, mas eu gostei do conjunto, foi uma experiência que pede mais, merecia mais.
    Nota 7.

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