Já chegou às salas de cinema nacionais um disaster movie que desejaríamos que pertencesse apenas ao reino da ficção: Deepwater Horizon.
O filme conta-nos, visto de dentro, o que se passou a bordo da plataforma flutuante Deepwater Horizon, e do incidente que se veio a tornar no maior derramamento acidental de petróleo no mar de que há história, para além de ter vitimado (directamente) 11 pessoas.
Não tinha pesquisado muito sobre o filme, e confesso que receava ir ver um filme que tivesse sido criado para tentar limpar a imagem da BP e a sua responsabilidade no acidente (que lhe veio a custar dezenas de milhares de milhões de dólares em multas e processos.) Mas felizmente não é o caso, a BP é retratada da forma que se esperaria, de uma empresa preocupada com os lucros e não se importando de cortar nos protocolos de segurança para poupar tempo e dinheiro.
Todo o filme acaba por ser uma longa sequência de acção, com apenas alguns poucos momentos criados para recuperar o fôlego, e que continuamente nos relembram da nossa fragilidade quando sujeitos à violência das nossas próprias mega-construções como à fúria da natureza, que ainda tem a capacidade de nos surpreender (infelizmente, neste caso). Bónus para a forma encontrada de explicar o que se passou, em termos que uma criança - literalmente - conseguiria entender; e quanto à insistência do realizador/actor Peter Berg também aparecer em frente às câmaras... que se deixe disso e fique atrás delas, que é o que faz melhor. ;P
Esperemos que o filme sirva para manter viva a memória do que se passou, e cujas consequências ainda se fazem sentir, e certamente perdurarão por muitas mais décadas.
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Deepwater Horizon
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