Steven Spielberg andava afastado da cadeira de realizador nos últimos anos (desde Lincoln em 2012) mas agora faz novo regresso em pleno, mostrando que ainda é um excelente contador de histórias - e desta vez com a ajuda dos irmãos Coen, responsáveis pelo argumento, neste Bridge of Spies.
Baseado em factos verídicos, Bridge of Spies leva-nos de volta aos conturbados períodos da Guerra Fria, onde Tom Hanks interpreta James Donovan, um advogado que é escolhido para defender um invulgar espião soviético apanhado nos EUA - e que depressa começa a ficar incomodado com todas as pressões para que "deixe perder o caso". Situação que o deixa numa posição delicada perante o público americano, para quem a luta contra o comunismo era algo merecedor de "excepção" para ultrapassar todas regras; e que depois se vem a interligar com o abate e captura do piloto americano Francis Gary Powers, quando voava sobre território soviético... e levando às negociações de troca de um pelo outro.
Numa altura em que se reacendem as questões do medo e controlo de fronteiras, este filme torna-se numa excelente forma de relembrarmos os erros já cometidos no passado, e - quem sabe - inspirar a que se encarem as coisas de outra forma.
Um excelente filme, que nos mostra o mundo dos "espiões" por uma vertente menos aventureira que os filmes do James Bond, mas bem mais realista e marcante.
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