Um triste dia para os amantes de cinema, e para os portugueses em geral, faleceu Manoel de Oliveira - um realizador que dispensa apresentações, e que com os seus 106 anos parecia ser uma figura imparável que desafiava o tempo (há mais de uma década que era o realizador com mais idade em actividade).
O realizador portuense que se estreou no cinema imortalizando a vida no Douro com o seu documentário "Douro, a Faina Fluvial" em 1931, e posteriormente apaixonou o público com o inesquecível "Aniki-Bobó" rapidamente se tornou num nome reconhecível tanto cá dentro como "lá fora". Desde então foram muitas as décadas de trabalhos - e importa relembrar que o seu último trabalho é de 2014, com a curta "O Velho do Restelo" - o que matematicamente resulta numa carreira de 83 anos que não tem comparação.
Nem todos apreciarão o estilo cinematográfico de muitos dos seus filmes - com planos estáticos e representação "teatral" - que muitas vezes o colocava na categoria de "filmes de autor" e não de filmes "comerciais" - mas independentemente de tudo isso, nunca deixou de ser uma figura acarinhada por todos os que gostam de se sentar numa sala às escuras para se deixarem transportar para o mundo imaginário das imagens projectadas na tela.
Adeus Manoel de Oliveira, e obrigado por tudo.
Manoel de Oliveira: 11 de Dezembro de 1908 - 2 de Abril de 2015
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