Clint Eastwood é um fã dos filmes de guerra, e desta vez volta o seu olhar para um conflito bem recente com este American Sniper.
Em American Sniper acompanhamos a vida de Chris Kyle, um texano que se veio a tornar num dos mais letais e icónicos snipers dos Navy SEALs norte-americanos. Desenganem-se aqueles que esperarão ver um "filme de acção" com snipers (ou falta dela, uma vez que estes atiradores passam a maior parte do tempo "quietos") ao estilo do Sniper de 1993. Embora também tenhamos direito a algumas sequências de acção intensa - o filme opta por focar-se na vida de Chris, e do impacto que a guerra tem na sua vida pessoal e familiar - assim como na de outras pessoas, que a ele lhe devem a sua vida.
Mas se, em Letters from Iwo Jima e Flags of Our Fathers, Clint Eastwood foi capaz de nos mostrar um retrato dos horrores da guerra vista de ambos os lados, neste American Sniper entramos em total modo de patriotismo americano, deixando de lado tudo o resto. Uma opção que poderá ser parcialmente explicada pelo facto de Chris Kyle ser uma pessoa real, cuja trágica história inspirou e motivou os americanos; mas que não deixa de nos fazer pensar se não seria igualmente interessante dedicar tempo a mostrar-nos também o "outro lado", de que leva um atleta dos jogos Olímpicos a tornar-se no sniper que neste filme ocupa o papel de "vilão".
Ficamos portanto perante um relato que parece ficar indefinido quanto aos seus objectivos... talvez espelhando um pouco o panorama actual da sociedade...
sexta-feira, 24 de abril de 2015
American Sniper
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