quarta-feira, 11 de março de 2015

Chappie

Neill Blomkamp regressou às suas origens para nos trazer Chappie, e o resultado vai certamente contagiar e fazer sonhar o público.

Tetra Vaal foi o primeiro trabalho (uma curta) de Neill Blomkamp, e que nos mostrava um polícia robot a patrulhar as ruas de Joanesburgo na África do Sul; e que agora pode ser expandido para este Chappie. A história é a de um robot no qual é implantado um novo programa que lhe dá a capacidade de ter consciência, tornando-o num "ser vivo" artificial, e que podemos associar a filmes como Short Circuit, ou o mais recente Autómata.

Pelo meio temos um estranho grupo que quer raptar o criador destes robots para poder concretizar um roubo milionário; e um hostil engenheiro/soldado/inventor rival que deseja o fracasso destes robots humanóides de modo a poder demonstrar as capacidades do seu robot de combate (que mais parece um ED-209 do Robocop.)

São muitas as questões abordadas e levantadas por Chappie, que "nasce" como uma criança que tem que ser ensinada e educada (e que não está propriamente no melhor "ambiente familiar", ao evoluir no meio de um grupo de criminosos); e que em breve descobre que - ao contrário do que a sua anatomia mecânica e digital poderia fazer prever - também está em contagem decrescente para morrer, tendo que lidar com essa mortalidade quase humana.

Há quem critique o filme por apenas abordar superficialmente todas as questões em que toca, mas não me parece que seria possível fazer mais que isso considerando a profundidade de todos os temas abordados... que caberá a cada um aprofundar por si mesmo, depois de sair da sala de cinema. E afinal... que melhor fim do que esse se poderia pedir para qualquer filme?


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