Se gostaram de Children of Men (e quem não gostou?) e acham que um cenário apocalíptico onde a raça humana deixa de ter filhos sem qualquer motivo ou explicação aparente daria pano para mangas... eis que agora têm esse mesmo tema abordado de forma expandida neste The Lottery.
As semelhanças com Children of Men não são uma mera coincidência, pois o criador desta série foi o argumentista de Children of Men e, depois de alguma hesitação em arranjar tempo para colocar esta série na "lista" de séries a ver, acho que a série está bem encaminhada.
Com um mundo onde há 6 anos não existe qualquer nascimento e onde os cientistas continuam a tentar encontrar, sem sucesso, explicação (e solução) para o que está a acontecer, uma investigadora consegue inexplicavelmente fertilizar 100 óvulos. No meio de muitas manobras políticas, o governo decide levar a cabo um sorteio, dando a hipótese a que qualquer mulher (apta) possa vir a ser mãe. Mas estes óvulos tornam-se também num produto cobiçado pelos outros países, e a tentativa de descobrir quem foram os dadores que permitiram esta fertilização também começa a revelar contornos de uma conspiração que parece envolver poderosos personagens que manobram nos bastidores.
Se iremos ter respostas ou se a série irá "enrolar-nos" indefinidamente, isso é algo que teremos que esperar mais alguns episódios para ver - mas nesta meia dúzia de episódios iniciais, estão abertas as hostilidades para que a coisa se torne bem interessante e se estique por bastante tempo; entre a parte científica, das conspirações, e também da parte "humana" e educativa que recai sobre os últimos (e raros) jovens do planeta.
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