Não se deixem enganar pelo "zombie" no título, pois este filme pouco ou nada tem a ver com os habituais filmes de zombies. Aqui estamos perante um mundo onde os zombies são encarados com naturalidade, e que são comprados e vendidos como mão de obra barata, acompanhados por um manual de instruções (não os alimentar com carne) e onde não falta uma pistola para situações de emergência.
Filmado a preto e branco (com apenas uma curta excepção, que até nos apanha de surpresa), este filme acompanha a vida - se é que assim se pode chamar de uma mulher zombie contratada por uma família para trabalhar como empregada de limpeza na sua casa/quinta. Só que para além de se sujeitar a todo o tipo de abusos por parte dos "humanos", este zombie irá também atrair as atenções de alguns outros empregados da residência, que começam a olhar para as suas formas femininas ainda atractivas... e até do próprio empregador.
Lá pelo meio, uma tragédia vai despoletar uma sequência de acontecimentos que nos fará interrogar quem serão realmente os zombies e quem será mais humano.
Enquanto filme artístico e de reflexão, Miss Zombie cumpre com aquilo a que se propõe, mas como é habitual em muitos filmes Japoneses, tudo decorre a um ritmo que poderá fazer desesperar muitos dos espectadores ocidentais com menor grau de paciência. No seu essencial, era um filme que muito bem se poderia resumir a uma curta de 10 ou 15 minutos sem perder toda a mensagem do filme... mas, já sabemos que nem todos os filmes são para todos os espectadores (e vice-versa).
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