quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Fantasporto envolto em Polémica


Diz o ditado popular: "zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades". Não terá sido coincidência que com o despedimento de grande parte (totalidade?) do pessoal do Cinema Novo, se venham agora a descobrir algumas das (alegadas) liberdades que passavam despercebidas do grande público nos tempos em que tudo corria bem e o dinheiro não faltava.

A revista Visão fez um artigo de várias páginas sobre o "Thriller Financeiro" que é o Fantasporto, e onde supostamente os seus responsáveis terão usado indevidamente dinheiro para uso próprio, para além de falsificarem dados sobre o número de espectadores, fuga aos impostos na vendas de bilhetes e produtos, e de dirigirem as actividades como um "tacho" para a família...

Como sempre, haverá sempre os dois lados da questão, e espero sinceramente que os visados venham a público esclarecer a situação, para bem da transparência e da confiança que lhes foi depositada ao longo das últimas décadas. Bem sabemos que a reputação pode demorar uma vida a criar-se, mas pode ser destruída em poucos segundos... e seria uma enorme tragédia ver o Fantasporto ficar para sempre manchado ou associado a coisas deste tipo.

Não me custa aceitar que ao fim de mais de trinta anos haja um certo "comodismo" e algumas liberdades que se tomem... Todos somos humanos. E mesmo se no artigo se equipara Mário Dorminsky ao "Relvas do Norte" por supostamente ter habilitações no seu currículo que seriam "ficção", penso que se tem que dar a devida latitude para distinguir entre alguém que nos governa e afecta a vida de todos os portugueses, de alguém que usa isso apenas por... vaidade, talvez. Mas tudo tem limites. Se certas coisas me parecem ser aceitáveis (o que não é dizer que fossem o correcto), mais difícil será aceitar que, vendo o rumo que as coisas estavam a tomar, não se tivesse o bom senso para dizer: "Alto lá! Não podemos continuar assim." - e deixar que as coisas chegassem a um ponto de ruptura tal que... parece ter resultado neste "lavar de roupa suja" à vista de todos.

Certamente este caso ainda irá dar muito que falar... E ficando esclarecido ou não, já não há como evitar que tenha impacto no ambiente da próxima edição do Fantas.

Actualização: Mário Dorminsky já rejeitou as acusações e promete esclarecimentos para breve. Ficamos a aguardar.


Seguem-se as páginas do artigo da Visão (peço desculpa pelo copyrights - mesmo para quem comprar a revista dá sempre jeito ter um recurso "digital" à distância de um link.)







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