segunda-feira, 29 de abril de 2013

Antiviral

Cronenberg está de regresso... mas desta vez não é o pai, mas sim o filho. Brandon Cronenberg, depois das curtas, aventura-se a escrever e realizar uma longa metragem: Antiviral, e que de certa forma não esconde as influências familiares.

Neste filme estamos perante uma sociedade onde as doenças dos famosos são um produto bastante apreciado pelos seus fãs, que pagam dinheiro para serem infectados com vírus que infectaram os seus ídolos. (Existem também bifes de carne clonada dessas mesmas estrelas - sim... eu bem disse que as influências familiares não andavam longe).

No filme acompanhamos um dos funcionários destas empresas de venda de virus, responsável pela sua recolha e venda; mas que também usa o seu próprio corpo para roubar algumas dessas doenças para a sua colecção particular e para venda no mercado negro. Quando é chamado para recolher uma nova doença da sua vedeta favorita... as coisas começam a correr mal.

É um filme que não será para todos (se não gostarem de agulhas e sangue, passem à frente)... mas que aborda uma crítica interessante: não só a uma sociedade de consumo viciada em tudo e mais alguma coisa sobre os seus ídolos; mas também pela subversão dos próprios vírus serem alvo de sistemas anti-cópia, para que os infectados não possam passar estes vírus a mais nenhuma pessoa, e todos tenham que os comprar.

Não é um mau começo para Brandon Cronenberg... mas vamos lá ver o que irá fazer a seguir.


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