segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Nazismo Digital Encrava o Fantas


A 32ª edição do Fantas melhor teria sido chamada de 13ª edição face à quantidade de atropelos que têm acontecido, e que fazem com que não haja um único dia em que não aconteça "algo".

E nem refiro ao nazismo anti-fotográfico que me fez ficar de boca aberta quando um segurança no átrio do Rivoli veio ter comigo dizer-me que não podia estar a tirar fotografias - isso por si só seria motivo para um post a isso dedicado. Não... desta vez a encrenca foi mesmo a não cooperação do disco bluray durante a exibição do filme Hotel Lux - uma comédia com Hitler e Estaline nos papeis centrais - e que para cúmulo, contava com a presença do realizador na sala.

A certa altura começaram a ver-se aqueles "artefactos" digitais que vemos em streams ou cópias corrompidas, e que foram piorando até ao ponto de ficarmos a ver alguns frames parados tipo slideshow.

Sim, desta vez foi um problema imprevisível e que não tem a ver com a organização... que no entanto deveria estar preparada para lidar com este tipo de situação, e ter sempre um protocolo de emergência caso estes "impensáveis" aconteçam.


Aqui, a reacção foi lenta... e a primeira tentativa consistiu em novamente tentar passar o filme... (recuando alguns minutos - poderiam ter colocado logo no momento "crítico" para ver se ia dar ou não)... mas que logo se viu que não iria ter bom resultado pois os sintomas dos pixeis digitais fizeram-se notar desde logo, tal como anteriormente.

Só então a organização subiu ao palco para pedir desculpas pelo sucedido - e bem - relembrando a "guerra" dos formatos digitais, que aqui no Fantas obriga a muitos malabarismos devido aos múltiplos formatos em que os filmes são disponibilizados, e que aumentam a probabilidade de "problemas".

Foi então que se passou para a solução de recurso... sendo o resto do filme passado em versão DVD de "amostra", com um bem proeminente logo visível no canto superior esquerdo, e um logotipo ainda maior no centro do ecrã que ia aparecendo a intervalos regulares. (E novamente, recuando ainda mais minutos desnecessários.)

Para alguns espectadores, foi o suficiente para que abandonassem a sala e fossem exigir o dinheiro dos seus bilhetes de volta (o que é compreensível).


São incidentes a que ninguém está imune, e espero apenas que sejam daqueles erros com que se possa aprender lições para o futuro. Por exemplo, ter sempre uma cópia de cada filme noutro formato, de preferência sempre pronta a entrar em qualquer momento (podiam tê-la a correr em paralelo, para estar "quase sincronizada" com a cópia em exibição).

A maioria das pessoas terá compreendido e desculpado o sucedido... e afinal é a prova perfeita de que o Fantas continua a ser "humano" (talvez até um pouco humano demais nesta edição ;) - e este será apenas mais um dos muitos episódios que permanecerá nas nossas memórias.

(E para quem estiver a amaldiçoar os problemas do digital, relembro que numa edição passada do Fantas também tivemos direito a um filme em película a ser passado ao contrário e de pernas para o ar... Pois... acontece! ;)

1 comentário:

  1. "Opium", mais um que me obrigou a sair da sessão a meio e nunca soube como acabava. Até hoje foram uns 6 filmes em que isso me aconteceu.

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