quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tron Legacy


Tron está de regresso, e Tron Legacy é um filme que tenta trazer a mística do original a uma nova geração e a um mundo bem diferente daquele que em 1982 olhava para os computadores como algo ainda distante e misterioso.

Desta vez temos Joseph Kosinski no papel de realizador, que curiosamente, parece estar já a tratar de outro remake de outro grande clássico - mais obscuro - da Disney: o célebre Abismo Negro/The Black Hole.

Em Tron, encontramos os actores e personagens já nossos conhecidos do original, Jeff Bridges e Bruce Boxleitner (sim, sim, o nosso bem conhecido Capt. Sheridan de Babylon V era o Tron original! :) a par de caras novas como Garrett Hedlund e Olivia Wilde.

A história é simples, Flynn desapareceu, deixando um império ao seu filho, que se mantém afastado da companhia que optou por perseguir os lucros fáceis em vez de seguir a "filosofia" de partilha do seu pai.
Um dia, acaba por ir dar ao velho salão de jogos do seu pai e é transportado para o mundo digital onde o seu pai tem estado retido desde o seu desaparecimento.

Há alguns pontos interessantes (como o facto de anualmente venderem "upgrades" que nada mais são que a mudança do número da versão na caixa; ou o "crashanço" no momento da apresentação), mas... na realidade tudo é feito de forma muito jovial e inconsequente.

Aliás, é esse o grande problema do filme. Aborda alguns conceitos bastante interessantes, como a questão das novas formas de vida digitais, mas sempre a "despachar" e sem nenhuma profundidade.

Tecnicamente, o filme está a anos luz de distância do que era possível fazer em 1982; mas mesmo assim - e mais uma vez - se assiste ao recurso ao 3D de forma a simplesmente subir o preço dos bilhetes. O filme pouco ou nada perderia numa projecção 2D (aliás, até chegam ao ridículo de avisar no início do filme que várias cenas são em 2D e que assim são propositadamente; como se temessem uma multidão furiosa por não estar a ver aquilo para que pagou a "taxa 3D".)

E verdade seja dita... mesmo com bonitas coreografias de acção, nunca se chega a criar "aquele" feeling do original quando as motas de luz aparecem pela primeira vez.

... Não é que o filme não vá atrair uma nova geração de espectadores, mas esperava mais, muito mais. E o final do filme deixa também muito a desejar... como se estivessem a pedir um "to be continued" que no último momento ficou perdido algures.

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