quinta-feira, 12 de novembro de 2009

2012


Eis que finalmente chegou o dia de estreia do último orgasmo apocalíptico de Hollywood.

Depois de filmes como Deep Impact e Armageddon, chega-nos 2012 de Roland Emmerich.

Roland Emmerich não é estranho a filmes cheios de destruição e que põe em causa o futuro da humanidade (Independence Day, Godzilla, e até o The Noah's Ark Principle) mas nota-se perfeitamente que quis trazer os filmes "fim-do-mundo" para o novo século com uma nova dimensão. Neste 2012 é tudo "em grande", numa escala que abafa completamente a destruição vista nos seus filmes anteriores - e em todos os outros, por sinal.

Apenas por isso, é já um filme que vale a pena ir ver no grande ecrã (e quanto maior, melhor.)

No entanto, não esperem por muitas novidades. Este 2012 limita-se a seguir a fórmula do "costume", com as habituais cenas de cortar a respiração, à medida que os protagonistas tentam sobreviver esquivando-se de toda a destruição em seu redor; intervaladas com os tempos de pausa para respirar novamente e nos preparar para o que virá a seguir. Uma autêntica "montanha-russa" emocional, mas que faz apenas o mínimo possível para nos tentar prender aos personagens.

Em 2012, o problema não é o calendário Maia que serve de inspiração para o nome do filme, mas sim o Sol e as erupções solares, que começam a aquecer o núcleo da Terra. Ao contrário dos anteriores filmes onde havia sempre algures para onde fugir, desta vez o panorama é muito mais complicado...

Pelo meio, encontramos uma família nada típica (ou talvez típica demais?) de pais separados e os seus dois filhos, que se vêem envolvidos numa desesperada e espectacular corrida pela sobrevivência.

Quando uma sequência de acção começa... só nos lembramos de respirar quando ela chega ao fim! Ufff... Nesse aspecto nada há a apontar.

Um dos problemas será talvez a cena climática do filme, com o tsunami gigante - que toda a gente já viu no trailer - e que está reservada apenas para o fim do filme... Já sabemos o que vem aí, roubando um pouco do impacto que deveria ter. (Mas mesmo assim, não se preocupem, que há muito mais por ver - incluindo os sempre presentes "comic reliefs", e uma mão cheia de intervenientes que vão compondo o panorama! :)

Para concluir, resta-nos apenas sair da sala com o sentimento de culpa por nos termos divertido tanto (e o filme acabar de forma tão "cor-de-rosa") perante o cenário de destruição completa do planeta com biliões de pessoas mortas!

5 comentários:

  1. Talvez veja este filme este fim de semana!!

    Não espero nada de especial, apenas quero que seja bem melhor que o 10.000BC que é provavélmente o filme mais fraquito que vi neste milénio :)

    Acho que o Emmerich vai de mal a pior, vamos ver se com este 2012 no meio de tanta destruição ele se consegue safar....

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  2. Eu devo ir vê-lo novamente, e aproveitar para espreitar mais alguns detalhes nas cenas catastróficas. :)

    Tal como mo Deep Impact há lá uns frames de um homem que lia o jornal de costas para o "tsunami" e que sai projectado em direcção ao ecrã, neste também deve ter por lá uns "easter eggs" :)

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  3. Vi o filme hoje numa sessão da tarde....

    Cumpre com o esperado, mas não adiciona nada de novo a este tipo de filmes....

    Fiquei com a sensação que o impacto maior das cenas catastróficas foi quando vi o trailer do filme pela primeira vez.. que estranho!

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  4. Pois, também me aconteceu isso.
    Toda a gente já viu a cena climática do filme, com as ondas a passar as montanhas, e aqueles minutos da condução pela cidade a desmoronar-se... Ou seja, corta logo todos e qualquer factor "surpresa".

    É um filme que vamos ver e que já "se sabe tudo".

    Espero que o Avatar não sofra do mesmo mal e que tenha muitas cenas "assombrosas" para nos maravilhar que não tenham ainda sido reveladas.

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  5. Esperamos que sim, mesmo que o Avatar acabe por ser o pior filme do James Cameron ainda assim será 10 vezes melhor que este 2012..... :)

    Mas este 2012 mesmo com as 2h30 minutos de filme viu-se bem sem cansar.....

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