O filme decorre imediatamente a seguir ao filme anterior Casino Royale e assistimos a uma aventura de Bond em busca de vingança.
Pelo meio, temos os habituais vilões e organizações criminosas que querem dominar o mundo, desta vez através do controlo dos preciosos recursos naturais do nosso planeta.
Neste aspecto, o filme faz juz às tradicionais histórias de James Bond... mas sente-se falta de inimigos de peso. Neste filme Bond é quase um super-herói a quem ninguém pode fazer frente... e os "vilões" pouca luta dão.
Até mesmo a bond-girl passa por todas as situações de perigo demasiadamente "à vontade"...
Falta aquela emoção a que assistíamos quando víamos o James Bond preso a uma mesa com um raio laser a aproximar-se lentamente para o cortar ao meio...
Claro que temos as monumentais e fenomenais sequências de acção, que até dão para prender a respiração... mas... esperava-se mais que isso.
Para além disso, não compreendo como deixaram de parte um dos mais importantes elementos que sempre existiu nos filmes do 007 - os gadgets!
Ok, mostram uma mesa e uns ecrãs gigantes todos interactivos, e um telemóvel artilhado - mas isso são coisas que já quase podemos dizer que fazem parte da realidade dos nossos dias.
Onde está o carro com capacidades "sobrenaturais"? Onde estão os relógios com lasers? Onde ficaram essas coisas todas?...
E falando de coisas improváveis e inventadas, a parte final do filme é demasiado exagerada, até para um filme do James Bond.
Semi-spoiler! Passem à frente!
Com um "hotel" super-moderno que se incendeia e desfaz como um castelo de cartas devido a um simples acidente de automóvel?... tsk tsk...
Spoiler end
Assim sendo, este Quantum of Solace tem alguns dos ingredientes que se esperam de um filme do 007... mas não me parece que vá ser digno de destaque quando - daqui por 10 ou 15 anos - alguém olhar para trás e tiver que escolher os mais míticos filmes da saga que lhe ficaram na memória.
***AVISO***
ResponderEliminar***SPOILERS***
Man.. vi a versão digital do filme ontem à noite e fiquei super decepcionado.
Se em Casino Royale achei graça a um 007 mais humano que leva e dá, aqui já o achei demasiadamente "super-heroi", e acima de tudo extremamente desumano e cruel.
Ainda por cima o filme requer o enquadramento total com o anterior, o que, para pessoas como eu, que viram o filme anterior à mais de um ano, há muitas coisas que não se percebem bem.
Tal como dizes, senti falta do 007 charmoso e sedutor que se infiltra nos locais com toda a lata e desafia o super vilão que tem um plano diabólico para dominar o mundo. Aqui o super vilão é um vilãozeco de caca que tenta controlar um ditadorzeco. É realmente pouco impressionante!
Depois ao contrário do anterior 007 que quase nunca matava ninguem, mas apenas arranjava maneira para que os inimigos se matassem sozinhos (por explosões, quedas, etc), aqui o BOND é super frio e cruel, mesmo para com os conhecidos e supostos amigos.
E se a cena inicial da perseguição automóvel tem algum suspense, já a primeira luta acaba tremendamente mal com uma cena ao melhor estilo king kong onde os T-REX baloiçavam numa teia de aranha. OMG.
Apesar de ter aceite bem a diferença no primeiro filme, esperava agora ver um 007 mais próximo daquilo a que a série durante anos e anos nos habituou. E ai o filme falhou completamente. O duelo final passa-se num cenário completamente banal, com explosões ridículas por todo o lado causadas por um acidente de um mero automóvel.
Já agora, explica-me esta:
O Bond larga o vilão no deserto e dá-lhe a garrafa de oleo!
A M conta-lhe mais tarde que ele foi encontrado morto com 2 tiros na cabeça e com óleo no estômago.
Surge a dúvida:
- Quem lhe deu os tiros na cabeça? - Como o encontraram no meio do deserto?
- O que os levou a procura-lo se ninguem sabia se ele tinha ou não morrido nas explosões do hotel.
Ah sim... e que merda era aquela nas botijas?