sábado, 13 de setembro de 2008

Frontières

Frontières é um dos recentes filmes franceses de terror que tem dado que falar. Provando que nem só de Hollywood vive o cinema e que o cinema Fantástico está de boa saúde (mesmo se este não seja o filme ideal para o mostrar) este filme demonstra perfeitamente que não é preciso falar inglês para arrepiar as plateias.

(Se bem que isso tem sido coisa que o cinema oriental tem feito muito melhor há vários anos - como se vê pelo volume de remakes em versão inglesa que têm sido feito nos EUA .)

Mas voltando a este Frontière... Escrito e realizado pelo realizador de Hitman, conta uma história simples: Durante os motins em Paris, um grupo de jovens foge da cidade e vai parar a uma casa onde habita uma família nada convencional liderada por um patriarca Nazi.

Muitos têm chamado a este filme o "Hostel" francês... mas não achei que fosse apropriado.
Sim, há umas cenas de violência pura, mas nada que se aproxima do que se viu em Hostel. Quando muito é mais parecido com um Texas Chainsaw Massacre - mas sem ser no Texas e sem a moto-serra.  :)
Há no entanto algumas sequências bem conseguidas - como a que nos transporta imediatamente para a claustrofobia de The Descent e que até nos tira a respiração.

No entanto, durante o resto do filme há muitas cenas que são demasiado looooongas sem qualquer necessidade. Este é um filme ao qual poderiam ter sido retirados 10 ou 15 minutos tornando-o muito mais fluido.

Destaque negativo também para a protagonista principal que na parte final do filme, faz com que um doente com Parkinsons pareça estar imóvel... Não havia niguem no set que lhe dissesse que "estar em choque" é diferente de "estar a abanar o capacete"??? É demasiado exagerado, é completamente ridículo...

Já para não falar na cena em que, depois de um acidente de automóvel ocasionado por uma tentativa de fuga, dois dos companheiros decidem seguir por um túnel escuro e sem saída aparente!
É totalmente credível, não? Tens um acidente, sobrevives, e pensas para contigo: "humm, vou seguir pela estrada até encontrar ajuda; ou vou meter-me por esta gruta às escuras sem saber onde vou parar?" Gruta pois clado!
Era tão fácil... bastava terem mostrado o perseguidor a vir em sua direcção - ou arranjarem qualquer outro motivo que os forçasse para a caverna...

Mas pronto... a ver por quem queira saber como andam as coisas pelo panorama europeu e seja fã deste estilo de filmes onde abundam sangue e corpos mutilados.

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