segunda-feira, 3 de março de 2008

Fantasporto - 4º e 5º dia

Auftauchen (Breaking the Surface)- Felicitas Korn – ALEMANHA
Um filme pastilhento, com várias idas à discoteca. Uma fotógrafa conhece um jovem (numa discoteca, duhhh), apaixona-se, vivem todos aqueles momentos intensos do início de uma relação, amores, desamores, altos e baixos, muito sexo, uma bicicleta, uma piscina, uma míuda sentada no muro e algumas skater chics. Filme interessante, no entanto deixa algumas pontas soltas e coisas por explicar. De fantástico fantástico, só mesmo uma mija a dois metidos dentro de um saco-cama... e devemos pedir mais que isto? Yeap!

The Tattoist - Peter Burger – NOVA ZELÂNDIA
O tatuador, estrela do filme, rouba (ou leva emprestadado) uma ferramenta antiga para tatuar. Já é certo e sabido que não se deve mexer no que está quieto, e como tal, ao cortar-se acidentalmente no brinquedo liberta um espírito com um vício muito grande por tinta da china. A partir desse momento qualquer pessoa que o nosso "herói" tatua, morre inexplicávelmente. Visualmente muito interessante e gostei da história, com direito a um twistzito final e tudo. Também foi engraçado encontrar aqui o Capitão Mifune do Matrix.

A Maior Flor do Mundo – Juan Pablo Etcheverry – PORTUGAL, ESPANHA
Uma curta-metragem baseada num conto de José Saramago, que também é personagem do filme e narrador. Sabem contar histórias às crianças? Já plantaram uma árvore hoje? Estão à espera de quê? Um conto muito giro com sabor a plasticina :D

The Band’s Visit
– Eran Kolirin – ISRAEL, EUA, FRANÇA
Uma orquestra formada por polícias egípcios vai a Israel para tocar na cerimónia inaugural de um centro de artes árabe. Alguma confusão com nomes de cidades (parece tudo igual) e vão parar a uma cidade perdida no meio do nada. Sem dinheiro Isrealita, sem autocarro para saírem dali, e a passarem por um período problemático como banda, dão de caras com a boa vontade de algumas pessoas que estavam num café, que lhes dão comida e dormida. Este filme é uma delícia. Ri imenso com algumas situações caricatas. Muito bonito, aconselho vivamente!

Ark – Grzegorz Jonkajtys, Marcin Kobylecki – POLÓNIA
Uma curta-metragem com vírus... Um vírus desconhecido quase que acaba com a vida na Terra. Os poucos sobreviventes fazem-se ao mar em enormes navios à procura de um pedaço de terra que não tenha sido ainda tocada pelo vírus. Uma curta muito curta, que podia ter contado mais um bocadinho. Tirando esse curto pormenor do caminho, gostei muito da animação 3D, e da histórinha original.

El Orfanato (The Orphanage)
– Juan Antonio Bayona – ESPANHA
Guillermo del Toro presenta! É preciso dizer mais? Para mim não, mas vocês lá sabem.
Uma mulher volta anos mais tarde ao orfanato onde fora criada e passou os dias da sua infância, para renová-lo e torná-lo numa casa para ajudar crianças com defeciências. Leva na bagagem, marido e filho. O míudo, que já tinha um amigo invisível, arranja mais uns 4, para preocupação da mãe. Entre velhotas com óculos cú de garrafa a passearem-se na noite escura com uma pá na mão e míudos deficientes com um saco de pano enfiado na cabeça, este Orfanato vem bem servido de algum suspense e um ou outro saltito na cadeira. Gostei da conclusão do filme, confesso que não estava à espera, e é assim que eu gosto deles. Aprovado!

The Death and Life of Bobby Z – John Herzfeld – EUA/MARROCOS
Um agente da Brigada Anti-Drogas (Lawrence Fishburne) oferece a Tim Kearney (Paul Walker)a saída de prisão. Mas em contrapartida terá que se disfarçar de Bobby Z, um traficante de drogas recentemente falecido, e participar numa troca de reféns. Quando as negociações dão para o torto, Kearney foge, com o filho de Z a reboque. Bom... (bom, é coisa que este filme não tem). Concordo com o Carlos quando diz que este filme era melhor que se tivesse assumido logo como uma comédia absurda, e mesmo assim com sérias dúvidas de sucesso. Mas não o faz, é um filme que tenta ser sério, e é um total desperdício de meios e talentos (talentos?). A estória é má, é mal contada, e as interpretações vêm a reboque de todo este mal que lhe serve de base. Brrrr.. arrepiante... filme mau!

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