quarta-feira, 5 de março de 2008

Entrevista e Fermat no Fantas

Tive pena de perder o Ferryman, mas... não se pode ver tudo.

Num dia em que a imagem do Fantasporto regressou ao habitual - leia-se, sem incidentes - a noite começou com:

Interview – Steve Buscemi – EUA, Hol – 85 min - SR - v. o. leg. port.
Um jornalista emproado é enviado para entrevistar uma actriz de telenovelas. A entrevista corre mal e ela está farta de jornalistas mal preparados. No entanto, acabam por ir ao apartamento dela. A tarde torna-se noite. E a entrevista continua. Com Steve Buscemi e a coqueluche Sienna Miller.
Um filme de (e com) Steve Buscemi que nos leva ao ambiente Hollywoodesco. Até que ponto se pode confiar numa actriz? Até que ponto se pode confiar num repórter? As verdades, as mentiras, e as aparências, num retrato fiel onde Buscemi e Sienna Miller vão despindo (ou não) camada após camada de confiança e desconfiança.


Depois foi a vez de ver La Habitácion de Fermat, mas antes tivemos direito a assistir a:
Rojo Red – Juan Manuel Betancourt – 13 min CF- v. o. leg. ingl.
Um miúdo de 7 anos fica de castigo por deixar a sala de estar numa confusão e por se recusar a usar os sapatos ortopédicos que a mãe quer que use. O rapaz decide fugir de casa. A irmã ainda consegue gritar para que ele aperte os atacadores dos sapatos, mas pode já ser tarde de mais...
Uma curta colombiana, com direito a apresentação pelos próprios criadores. Original, com efeitos engraçados e animação à mistura.

E foi tempo de:
La Habitácion de Fermat – Luis Pedrahita, Rodrigo Sopeña – Esp 90 min - CF/MELIÈS - v. o. leg. port.
Quatro matemáticos que não se conhecem, são convidados a passar um fim-de-semana com o pretexto de resolver um grande enigma. Fechados numa sala que vai encolhendo, os cientistas descobrem qual é a ligação entre eles.




Mais um filme que capitaliza nas fórmulas matemáticas. Pelo menos, era isso que se esperava, no entanto somos defrontados com enigmas mais ou menos conhecidos, que os génios matemáticos do filme rapidamente resolveriam em poucos segundos.
Mas mesmo assim o filme garante um bom entretenimento, mesmo se apresenta algumas situações perfeitamente desnecessárias (então? Criar uma cena de tensão onde um condutor tenta apanhar um telemóvel enquanto conduz? Será que não existem travões em Espanha? Era parar o carro e atender o telemóvel e estava resolvido!)

Mas mesmo com essas pequenas falhas, é um filme que pode ser recomendado - embora gostasse de ter visto mais "matemática real" no ecrã.

Destaque especial para a apresentação feita pelos realizadores, com direito a "tradutor" de espanhol para português, que foi hilariante. :)

2 comentários:

  1. No filme da "habitação de fermat" penso que os problemas eram tão (relativamente) fáceis para o espectador perceber os enigmas e ir resolvendo ao longo do filme, porque se aparecessem ai problemas muito dificeis de resolver penso que o publico geral apanhava um pouco de seca.

    O tradutor podia ter feito um truque de mágia =)

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  2. Aquelas traduções já eram quase um truque! :)

    Quanto aos enigmas simplificados, havia métodos que eles podiam usar para "explicar" à audiência como aquilo funcionava.

    Basta ver a série "Numbers", que aplica conceitos matemáticos, e usa exemplos fáceis de entender (por alguma coisa já vai na 3ª ou 4ª season :)

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