Não se pode dizer que Joseph Kosinski tenha começado mal ao sentar-se na cadeira de realizador pela primeira vez para nos trazer o remake de Tron. Desta vez o trabalho era mais simples, não por ser algo novo e sem o "fantasma" de um filme anterior... como também por ser uma história baseada numa sua própria graphic novel (por publicar). Refiro-me a Oblivion, um filme que volta a contar com grandes nomes de Hollywood, como Tom Cruise e Morgan Freeman, sem esquecer as caras bonitas de Olga Kurylenko e Andrea Riseborough.Começamos com um casal num posto futurista sobre o nosso planeta destroçado após uma guerra com uma raça alienígena que destruiu a nossa lua, fazendo com que a raça humana terá procurado refúgio em Titan. Cabe-lhes a eles proteger dos "scavs" a maquinaria que está a armazenar energia usando o que resta dos oceanos. Com o fim da sua missão a poucas semanas de distância, Jack (Tom Cruise) continua a ter alguns sonhos e memórias estranhas - mesmo tendo sido sujeito a um apagar das memórias cinco anos antes por motivos de segurança.
Obviamente que rapidamente nos apercebemos que as coisas não são o que parecem, e que algo de muito estranho se passa quando os "scavs" ficam empenhados em capturá-lo.
A história é bastante previsível mas capaz de entreter os fãs da ficção científica pós-apocalíptica (eu!) A única coisa que, para mim, estraga um pouco o filme acaba por ser um acontecimento central para toda a história e que é absolutamente e ridiculamente descabido. Spoilers ahead: a certa altura uma nave americana despenha-se nas coordenadas enviadas pelos scavs. Ora... vamos lá ver: como é que uma raça alien super avançada permitia que uma nave terrestre andasse ali pelo espaço durante décadas; como é que, despenhando-se de órbita os seus ocupantes permaneciam vivos (ok, aqui dou alguma tolerância por estarem nos "pods" - mas ainda assim, deveriam ter-se desintegrado na queda); e por último, porque é que no meio de tudo aquilo, o único que sobrevive é precisamente a pessoa de quem jack tinha memórias? É mesmo esticar as possibilidades ao limite... mas pronto, não é por isso que o filme deixa de ser engraçado.
Junte-se a tudo isto umas paisagens fantásticas (Islândia) e efeitos especiais de topo... e temos um filme obrigatório para ficar na colecção de filmes de scifi de qualquer fã que se preze. Uma única nota final: por razões monetárias, mesmo tendo sido filmado em resolução 4K, o filme acabou por ser distribuído em 2K (contra a vontade do realizador). Seria de imaginar que hoje em dia o peso dos pixeis já não se fizesse sentir... mas aparentemente ainda há quem ache que o cinema merece apenas uma resolução quase igual ao FullHD.
Por este andar vamos ter melhor qualidade nas nossas salas em casa do que nos ecrãs gigantes do cinema.
Realmente existiu muito pouco cuidado nessa cena onde surge a Julia. O estranho mesmo é quando os drones começam a destruir as pods e só escapa a da julia que por coincidência é aquela que o Jack escolhe para se aproximar!!!
ResponderEliminarMas fora isto o filme esta impecável (bubble-ship) e até acho que pode tornar-se em algo mais futuramente ;)
De facto também achei que essa parte da história (e outras menos relevantes) foi mesmo muito mal pensada e totalmente descabida, sendo que essa cena deveria ter sido mais cuidada pois é uma cena quase "central" para o enredo do filme.
ResponderEliminarContudo, no geral o filme foi bastante bom!!!
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